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Polícia de SP prende dois suspeitos de seqüestrar meninas
Por Do Diário OnLine
22/02/2003 | 00:13
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A Polícia de São Paulo já prendeu dois suspeitos de participação no seqüestro das três filhas do presidente da agência de notícias Reuters no Brasil, Ricardo Diniz. As autoridades dizem que toda a quadrilha está identificada e praticamente localizada, mas detalhes sobre os criminosos foram mantidos em sigilo para preservar as investigações.

Nesta sexta-feira, dia seguinte à libertação das meninas, autoridades policiais declararam que a quadrilha é principiante em seqüestros. "Eles são pé-de-chinelo", disse o delegado Antônio de Olim, da Delegacia Anti-Seqüestro, à Rádio CBN. "A discrepância no valor do resgate, começar pedindo R$ 4 milhões e fechar em R$ 40 mil, mostra a falta de profissionalismo dos bandidos", comentou o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho.

As duas detenções foram realizadas pelo Departamento Investigações contra o Crime Organizado (Deic). Na terça-feira passada, a polícia deteve um taxista que admitiu ter sido convidado para participar do seqüestro, embora tenha negado envolvimento no crime.

A polícia apurou ainda que a Brasília usada pelos bandidos na devolução das meninas, que foi abandonada batida num muro em Itapecerica da Serra, não é roubada.

Ação - O seqüestro aconteceu na manhã do último dia 12, na esquina da rua Raimundo Simão de Souza com a avenida Gilherme Drumond Vilares, no bairro do Morumbi (zona Sul de São Paulo). As irmãs eram levadas para a escola no Passat da família, acompanhadas da babá e do motorista, quando dois carros fecharam o veículo. Dois seqüestradores invadiram o Passat e rodaram por cerca de uma hora, antes de abandonarem a babá e o motorista em uma estação de trem. Depois disso, as três meninas e o cachorro Poodle de estimação da família foram para o cativeiro.

O primeiro contato dos seqüestradores ocorreu no próprio dia do rapto. Eles começaram pedindo R$ 4 milhões e avisaram que a polícia não deveria ser acionada. Mesmo assim a família acionou a Divisão Anti-Seqüestro, que auxiliou nos nove dias de sofrimento.

A polícia chegou a deter um suspeito. Ele negou participação no crime, mas admitiu que foi convidado. Enquanto isso, as negociações prosseguiram e os seqüestradores baixaram o resgate para R$ 100 mil. Na última quarta-feira, o executivo comunicou ao negociador da quadrilha que havia conseguido R$ 40 mil e fechou negócio. O dinheiro foi pago por volta das 20h30.




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