Diego Souza não esteve no Serra Dourada na noite de quarta-feira, mas também levou a culpa pela eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil. Após perder para o Atlético-GO no tempo normal, por 1 a 0, a decisão do semifinalista foi para os pênaltis. Marcos, então, fez aquilo que a torcida sempre espera dele e

defendeu três cobranças. Mas viu seus companheiros errarem quatro chutes e seu time dar adeus à competição.

E o que Diego Souza tem a ver com tudo isso? Tudo, segundo diretores do clube. "O problema do Diego com a torcida trouxe toda a pressão", lembrou Seraphim Del Grande, diretor de futebol do Palmeiras, ao falar sobre a confusão do meia na semana passada, quando ele ofendeu alguns torcedores no Palestra Itália. "Os jogadores não estavam tranquilos. É inadmissível perder quatro pênaltis."

Os erros assustaram o técnico Antônio Carlos. "Não me lembro de sete jogadores terem perdido pênalti", falou. No dia anterior, ele se irritara com um cinegrafista que filmava o treino de penalidades do time - era para ser secreto. Com tantos erros, indaga o torcedor, o que será que eles realmente treinaram?

Durante a partida, o técnico substitui três jogadores que seriam os cobradores: Lincoln, Marcos Assunção e Robert. Nenhum deles gostou de ter deixado o campo. "Este é um jogo que você não quer sair", disse Lincoln. "Respeito a opção do Antônio Carlos, mas acho que poderia ter ajudado mais a equipe."

A diretoria perdeu a paciência com Diego Souza. O atrito com a torcida na semana passada, segundo cartolas, trouxe um velho problema ao time: a instabilidade emocional. Amanhã, na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Vitória, no Palestra Itália, o meia não deve estar nem no banco de reservas. Seu ciclo no clube deve acabar hoje - e outros jogadores também podem sair. "Com certeza vão ter mudanças", garantiu o diretor de futebol Genaro Marino.

Alegando dor na coxa, Diego Souza nem viajou para Goiânia, mas a própria diretoria duvida da gravidade da lesão. O Sporting Lisboa, de Portugal, deve ser o destino do jogador.