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Positivo fecha acordo milionário no Grande ABC

Empresa do ramo de informática prorroga em 12 meses contrato por R$ 14 mi; só neste ano, recebeu R$ 10 mi

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
20/10/2013 | 07:00
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A Positivo Informática S/A fechou contrato de R$ 14,8 milhões com a Prefeitura de São Caetano por um ano. O aditamento do termo para disponibilizar e gerenciar sistema educacional do município foi publicado no mês passado.

A empresa assinou a prorrogação do acordo no dia 25 de julho, sendo que a renovação passou a valer dois dias depois.

O primeiro acordo entre o Paço e a Positivo Informática foi firmado em 2010 para o mesmo tipo de serviço: informatização das escolas municipais.

Segundo dados disponíveis no Portal da Transparência do Executivo, somente neste ano a Positivo recebeu R$ 10,6 milhões referentes ao acordo fechado há três anos. Mais R$ 11,9 milhões estão empenhados no Orçamento deste ano diretamente para os cofres da empresa.

A Positivo Informática tem aumentado consideravelmente sua arrecadação junto ao Palácio da Cerâmica com o passar dos anos. Em 2011, a terceirizada angariou R$ 9,1 milhões durante 12 meses.

Já no ano passado, o pagamento anual foi de R$ 13,3 milhões, o que representou acréscimo de 45,2%, se comparado ao valor aplicado em 2011. Nos dois anos o serviço executado era o mesmo.

ANTECEDENTES

Recentemente, a Positivo Informática se envolveu numa polêmica no Grande ABC.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), comprou 15 mil notebooks da empresa para serem distribuídos na rede municipal de Educação. O valor da aquisição pela administração era de R$ 5,2 milhões (R$ 344,18 por unidade).

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) multou Marinho e a secretária de Educação, Cleuza Repulho, alegando que a administração de São Bernardo “pegou carona” no pregão eletrônico 57/2010, promovido pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). A medida é ilegal.

A conselheira do tribunal Silvia Monteiro sustentou que não houve economia na compra dos aparelhos. Além disso, os laptops comprados pelo FNDE não tinham software educacional. Os notebooks de São Bernardo já vinham com a tecnologia, parecido com o de São Caetano.




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