Passados 20 dias da denúncia feita pelo Diário sobre a formação de cracolândia dentro da Chácara Baronesa, em Santo André, o poder público ainda não tomou providências para acabar com a concentração de usuários de crack no local. Segundo os ocupantes da área, o espaço ainda conta com população itinerante de aproximadamente 50 dependentes químicos, que vão até lá todos os dias para fazerem uso da droga escondidos.

"Não apareceu ninguém aqui. As mesmas pessoas que vinham fumar crack continuam vindo. Só a Polícia Militar aparece às vezes e, por causa disso, o pessoal se espalha, mas depois volta", relatou um dos usuários.

O local, que possui 340 mil metros quadrados de território em condições de APA (Área de Proteção Ambiental) é de responsabilidade do governo estadual. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente disse que não há formação de cracolândia no local. Porém, informou novamente que está providenciando a contratação de vigilância em ronda para evitar ocupações. A Pasta ainda afirmou que está avaliando qual cercamento seria mais adequado a essa área, em termos de custos e benefícios, pois os existentes (alambrado e muro em placas de concreto) têm se mostrado frágeis diante das ações de vandalismo praticadas. No entanto, mais uma vez o Estado não informou quando estas intervenções serão realizadas.

A promessa da Prefeitura de enviar equipes da Secretaria de Saúde ao local para oferecer tratamento aos dependentes químicos também não foi cumprida. A administração municipal informou que a unidade de redução de danos do município trabalha com cronograma preestabelecido e que, tendo em vista o conhecimento da situação da Chácara Baronesa, os profissionais estão pautados para esta nova demanda de atendimento.

A GCM (Guarda Civil Municipal) foi ao local na semana passada para ajudar a controlar as invasões no espaço.