Política Titulo
Protesto de 'mata-mosquitos' tumultua ato pró-Serra no RJ
Do Diário OnLine
17/10/2002 | 17:45
Compartilhar notícia


Um protesto promovido por manifestantes que se dizem ex-funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) tumultuou um ato em favor do presidenciável José Serra (PSDB) no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Serra e o PSDB afirmam que o ato foi promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em favor do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ato na ABI foi organizado para Serra receber o apoio de 45 prefeitos do Estado, além de vereadores e parlamentares eleitos no dia 7. Também estiveram presentes os coordenadores da campanha de Serra, deputados José Aníbal (presidente do PSDB) e Michel Temer (presidente do PMDB), o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL-PE), e o prefeito do Rio, César Maia (PFL).

Mas os supostos mata-mosquitos tomaram o auditório com palavras de ordem e faixas contra Serra, culpando-o pela epidemia de dengue que assolou o país no verão passado. "Dengue hemorrágica, Serra é culpado" e "Serra é mentiroso, ele não tem curso superior" diziam alguns dos cartazes apresentados pelos manifestantes. A segurança do evento agiu com energia e expulsou os manifestantes da sala rapidamente.

Após o ato na ABI, Serra culpou a "tropa de choque" petista pelo protesto e disse que só se lembra de "provocações" do tipo "antes de 1964", data do golpe militar. "Infelizmente, eles (PT) mandaram uma tropa de choque para perturbar a nossa manifestação. O PT e o Lula, em vez de debater, mandaram tropa de choque, inclusive fazendo agressões físicas e manifestações agressivas", reclamou Serra. Aníbal disse que o protesto reflete o "desespero" dos adversários.

Os supostos mata-mosquitos, concentrados fora da ABI, também tumultuaram a saída do candidato do governo. Eles cercaram o carro que levava Serra e reforçaram as palavras de ordem contra os tucanos. A Polícia Militar fluminense foi acionada para reforçar a segurança do evento, sob a justificativa de que as manifestações contra Serra no Rio de Janeiro são costumeiras.

Os manifestantes alegam que são funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) demitidos durante a gestão de Serra no Ministério da Saúde. Eles culpam Serra pela epidemia de dengue, argumentando que as demissões dos mata-mosquitos levaram a falhas no combate ao mosquito transmissor da doença no último verão.

A agenda de José Serra para esta quinta é toda concentrada no Rio de Janeiro. Na Sociedade Brasileira de Metrologia, no centro do Rio, Serra assina um documento da Organização Não-Governamental Transparência Brasil de compromisso com o combate à corrupção.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;