O grupo Acorda ABC, que está organizando a marcha da maconha no dia 26, em Diadema, adiou a manifestação em frente ao prédio do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava marcada para acontecer ontem, às 15h. A intenção dos integrantes é pedir apoio ao movimento. Ainda não há nova data marcada para a realização do ato.

Segundo os organizadores da ação, a comemoração de Dia das Mães foi um dos motivos que resultou no adiamento do evento. "Muitos disseram que não iam por conta disso. Então, resolvemos não fazer com poucas pessoas, porque passaria a impressão de que estamos desinteressados", afirmou Ícaro Rizzo, um dos organizadores da marcha.

Rizzo também disse que faltou organização ao grupo, já que a carta que seria entregue ao ex-presidente só foi redigida ontem, às 13h, poucas horas antes do horário marcado para o ato. Nem todos os cartazes que seriam utilizados foram pintados. "Isso também colaborou. Até dava para fazer, mas ficou em cima da hora. Vai ser melhor arrumar outra data e ajustar tudo com antecedência. Faltou comunicação de nossa parte."

Em abril, a Prefeitura de Diadema enviou ofício ao grupo informando que não autoriza a realização do evento no município. Porém, os organizadores do ato afirmam que irão realizar a marcha mesmo sem o consentimento municipal, pois o STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu, em junho, o direito de cidadãos realizarem manifestações pela descriminalização e legalização de drogas em todo o País.

Na sexta-feira, o prefeito de Diadema Mario Reali (PT), afirmou que irá concentrar esforços para que o movimento não seja realizado na cidade. "Vamos trabalhar para isso. Não haverá repressão com força, mas faremos de tudo para que não aconteça. Os espaços serão ocupados para que não haja aglomeração", afirmou.