A Prefeitura de São Bernardo formalizou nesta semana a encomenda de auditoria do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para avaliar as condições da estrutura do Museu do Trabalho e do Trabalhador, alvo de operação da PF (Polícia Federal) que resultou no indiciamento do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) por suspeita de superfaturamento de valores.

O convênio com o IPT, com custo de R$ 450 mil, prevê diagnósticos físicos e apuração dos materiais utilizados na obra do empreendimento, localizado no antigo mercado municipal do Centro. O resultado deve ser divulgado num prazo de cinco meses, conforme projeção inicial da administração municipal.

A auditoria, que deve ser iniciada nas próximas semanas, faz parte do processo para reformulação do espaço. No início do mês, a Justiça Federal concedeu liminar pedida pela Prefeitura de São Bernardo, chefiada pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), para que o espaço seja transformado em Fábrica de Cultura –ainda falta outra autorização judicial, vinculada ao processo que corre contra Marinho.

O objetivo é que, com a análise em mãos, a equipe técnica da Prefeitura possa definir o cronograma para iniciar os trabalhos de mudança da estrutura.

O Museu do Trabalho e do Trabalhador foi idealizado por Marinho, custaria R$ 18,3 milhões (sendo R$ 14,4 milhões de recursos da União) e teria de ser entregue em janeiro de 2013. Houve sucessivos atrasos e pedidos, por parte do governo petista, de incremento nos repasses. O ex-prefeito chegou a solicitar que o governo federal transferisse R$ 4,5 milhões adicionais, o que foi recusado. O petista deixou a administração sem concluir o prédio, respondendo a processo e culpando o governo federal pelos problemas.