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O nó que impede o crescimento

Neste início de século 21, em que surge como a sexta maior economia do planeta, o Brasil tem sério obstáculo à frente: a malfadada infraestrutura...

Dgabc
29/05/2012 | 00:00
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Artigo

O nó que impede o crescimento

Neste início de século 21, em que surge como a sexta maior economia do planeta, o Brasil tem sério obstáculo à frente: a malfadada infraestrutura logística. Seu futuro depende basicamente de como desatará o nó que impede o crescimento. Mas, seja como for, qualquer que venha a ser a opção, o caminho passa pela iniciativa privada. Em outras palavras: para enfrentar as dores do crescimento, o País precisa adotar agenda eminentemente técnica. Se continuar a insistir numa agenda política, não irá a lugar nenhum porque o governo tem se mostrado um mau gestor.

Um bom exemplo dessa ineficiência é o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes), que, lançado em 2007, previa transformar até 2023 a matriz de transporte, dando ênfase às ferrovias. Como carta de intenções, o PNLT apresenta pressupostos corretos e pontos extremamente interessantes. Segundo o PNLT, a expectativa é que até 2023 a participação do modal ferroviário cresça de 25% para 32%, o aquaviário se eleve de 13% para 29%, o dutoviário vá de 3,6% a 5%, e o aéreo de 0,4% para 1%. Se atingidas essas metas, a participação do modal rodoviário, principalmente no transporte de cargas, cairia de 58% para 33%.

Como algumas das integrações apontadas como fundamentais pelo PNLT não saíram do papel, a preconizada mudança da matriz de transporte não parece destinada a acontecer no prazo previsto, tal o atraso de certas obras. Sem contar que o Ministério dos Transportes continua a investir a maior parte dos recursos em rodovias. E, mesmo assim, a malha rodoviária continua deficiente e malcuidada.

A rigor, o que o País precisa não é de um Ministério dos Transportes, que hoje não passa de ministério de rodovias, mas de um Ministério de Logística, que pense a longo prazo e execute soluções integradas.

Com a participação da iniciativa privada, esse ministério poderia estimular o crescimento de outros modais. Afinal, como mostram exemplos bem-sucedidos em outros países, o uso do caminhão só é viável em distâncias em que o veículo é economicamente rentável. Investir nesse modelo para longas distâncias é continuar sem desatar o nó que impede o desenvolvimento do País.

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo, e diretor do Sindicomis/ACTC.

Palavra do Leitor

Sem licitação

Com quem será que está a verdade? Com o vereador Paulinho Serra, que em plena sessão e ocupando o plenário inquiriu o prefeito Aidan Ravin sobre a quantia contratada sem o instrumento obrigatório da licitação a verba de R$ 1 milhão para aquisição de equipamentos para as academias nas praças ao ar livre? Com o vereador Tiago Nogueira, que delatou o fato de que a Prefeitura haveria gastado na ordem de R$ 800 milhões sem o mesmo instrumento constitucional? Ou do próprio prefeito, que sequer se manifestou? Com qual dos três está a verdade?

Cecél Garcia, Santo André

Resposta

Em resposta à carta do leitor Sebastião Oliveira (Mais um!, dia 24), a Prefeitura de Santo André esclarece que a colocação de semáforo no cruzamento da Avenida Dom Pedro II com a Rua Maria Ortiz foi baseada em estudos técnicos realizados na região para aumentar a capacidade do sistema viário, melhorando a fluidez e a segurança para pedestres e condutores. Os semáforos instalados na Dom Pedro II são sincronizados e têm sistema progressivo e coordenado com tempos adequados para motoristas e pedestres, criando a chamada ‘onda verde', para assegurar melhor fluidez no trânsito, principalmente nos horários de pico.

Prefeitura de Santo André

PPPs

Nas parcerias público-privadas, o dinheiro para construção é público e a renda dos estádios irá para as privadas.

Roberto Twiaschor, Capital

Semáforo

A respeito da carta do leitor Carlos Várhidy (Semáforo, dia 26), creio, meu amigo, que foi o mesmo ‘iluminado' que abriu o cruzamento da Rua Maria Ortiz com Avenida D. Pedro II e, não contente, ainda colocou ali um farol. Isso tudo só pode ser ideia de quem, realmente, não tem nada para fazer. A respeito do farol na Maria Ortiz com D. Pedro, assim que os marginais perceberem o tempo que esse farol fica vermelho para quem trafega pela D. Pedro, começarão os arrastões e assaltos, pois trata-se de local ermo, sem movimento algum e sem policiamento. Sugiro ao leitor Carlos que, assim que soubermos o nome do ‘gênio', iniciemos movimento de abaixo-assinado para indicarmos esse cara para o Nobel de ‘inteligência'.

José Roberto Tonetti, São Caetano

Eleições

Na eleição municipal deste ano, o Grande ABC terá ao menos duas cidades com mulheres eleitas para ocupar o cargo de prefeita. Uma será São Caetano e a outra, Mauá. Isso demonstra a maturidade política desses municípios e de seus eleitores. Quem sabe com a sensibilidade feminina os cidadãos possam ter mais orgulho das cidades onde moram, ao invés de viver somente de passados políticos e gestões desastrosas. Vão em frente, mulheres do Grande ABC! A região precisa de outro olhar.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Nova Lions

A Prefeitura de São Bernardo levou mais de dois anos e gastou quase R$ 40 milhões para fazer uma grande obra e dar fluidez à Avenida Lions. Ficou muito bom. A Prefeitura de Santo André levou uma semana e gastou o valor de um semáforo para entupir tudo novamente! Trânsito não observa limites de municípios, é uma questão intermunicipal. Quando nossas autoridades vão aprender isso ?

Alberto Carneiro de Araújo, São Caetano

Outras marchas

Sinceramente gostaria de ver e participar de marcha para Saúde (não adianta apenas reclamar quando se necessita do PS ou UBS), marcha pela Educação (não adiantar apenas reclamar que não há vaga para as crianças na escola), marcha pelo transporte (não adianta apenas reclamar da qualidade do transporte), marcha contra a corrupção (não adianta apenas reclamar e falar mal dos políticos), marcha pela moradia decente, mas, infelizmente, isto é Brasil!

Walmir Ciosani, São Bernardo




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