O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), reconheceu que analisa mudanças no secretariado para consolidar o grupo político que estará ao seu lado na eleição de 2020, quando buscará a reeleição.

Ontem, durante atividade na comunidade do Tamarutaca, o tucano confirmou conversas com agentes políticos do município com o objetivo de acomodar as forças em torno de sua candidatura.

“No governo é natural que a gente vá fazendo mudanças para cada vez mais melhorar. Temos dialogado com os técnicos e políticos da cidade, e muitos se colocam à disposição para ajudar a gestão a melhorar ou a criar ainda mais. É nesse sentido. Tem sim alguns diálogos, mas sem prazo (de nomeação), não tem isso. É uma construção coletiva, uma das nossas tarefas com a cidade é criar um grupo político também. A cidade ainda não enxerga, ou não enxergou nesta eleição, a criação desse grupo político e agora esses laços vão se fortalecendo”, discorreu.

Nos bastidores, Paulo Serra tem sido cobrado por aliados pelo fracasso das candidaturas sustentadas pelo governo na eleição do dia 7 – pela primeira vez na história Santo André não terá deputado estadual, por exemplo. Para compensar os reveses eleitorais, o tucano tem conversado com os postulantes que representaram o Paço nas urnas.

Os vereadores Professor Minhoca (PSDB) e Edson Sardano (PTB), que se candidataram a estadual e a federal, respectivamente, foram chamados pelo chefe do Executivo para discutir o futuro político. Há rumores de que ambos foram convidados a assumir secretarias – Sardano retornaria à Pasta de Segurança, setor que gerenciou até o começo do ano, quando se desincompatibilizou justamente para concorrer no pleito.

“Não há nomeação certa. Temos conversado. Por exemplo, o Sardano tem uma ligação natural com a Segurança, até porque foi secretário. Ele mesmo está refletindo sobre (o retorno). Temos deixado as pessoas muito tranquilas em relação a isso. A única questão que a gente sempre coloca nas conversas é acreditar no projeto”, disse Paulo. “Não se cria um grupo político do dia para a noite. É construção e diálogo permanentes. As mudanças que poderão ocorrer, sempre baseadas em critérios e nessa construção, são para que a cidade esteja cada vez melhor.”