Sem conquistar cadeira na Assembleia Legislativa, o presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote (Avante), declarou que “tem muita água para passar debaixo da ponte” ao ser indagado se, apesar do revés nas urnas, estará no palanque do prefeito Paulo Serra (PSDB) em 2020, quando o tucano tentará a reeleição.

Cicote era um dos nomes do governo no pleito deste ano. Recebeu 25 mil votos, sendo 19,8 mil de andreenses. Ele avaliou que o fenômeno Jair Bolsonaro (PSL) impactou em seus planos – até porque Janaina Paschoal (PSL) foi a mais bem votada para deputada estadual em Santo André –, porém, ponderou que análise criteriosa precisa ser feita após o segundo turno da corrida ao governo de São Paulo.

“Para 2020 tem muita água para passar debaixo da ponte, muita conversa para ser feita. Está muito recente ainda. Estamos no processo de segundo turno. Estou empenhado na candidatura do Márcio França (PSB). Acho que ele (França) ganhando a eleição muda um pouco também o quadro para 2020. Tudo isso é ingrediente que vai estar dentro de enorme caldeirão em 2020. Essa história (de eleição) está muito recente para dialogar sobre isso, mas não dá para negar que tem muita gente se falando, conversando. Isso é natural, faz parte, é bom para a cidade, para a política”, disse.

Cicote declarou que “o governo ajudou, teve postura de me ajudar, assim como ajudou vários”, se esquivando de apontar se houve erro na estratégia do Paço em lançar diversos nomes na eleição deste ano. Sobre a possibilidade de ser secretário – especulada nos bastidores –, ele desconversou e afirmou estar empenhado na campanha de França.