A PF (Polícia Federal) prendeu na manhã deste sábado mais um suspeito de envolvimento com a organização criminosa desmontada pela Operação Navalha. O servidor público de Camaçari (BA) Zaqueu de Oliveira Filho é acusado de participar da quadrilha fraudava licitações públicas para a realização de obras previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Luz Para Todos.

Oliveira Filho é o último acusado de envolvimento no esquema que ainda permanecia solto. Ao todo, 47 pessoas foram detidas, entre elas o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior - sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) - , além dos prefeitos de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT) e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).

De acordo com o despacho da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o servidor público teria solicitado passagens aéreas e hospedagem em hotéis para ele e para o prefeito de Camaçari.


Movimentação – Durante a manhã, advogados que foram a na Superintendência da Polícia Federal em Brasília encontraram os portões fechados e reclamaram por não conseguir falar com seus clientes. A entrada foi liberada por volta de 11 horas.

Maurício Vasconcelos, que defende o prefeito Luiz Caetano, disse que, na gestão do prefeito, não houve contratos entre a administração municipal e a Gautama, empresa apontada como líder do esquema que fraudava licitações de obras com recursos liberados pelo governo federal.

Segundo ele, na gestão anterior a de Luiz Caetano havia um contrato entre a Gautama e a prefeitura para a realização de obras no município. O contrato, diz Vasconcelos, foi cancelado na gestão de Luiz Caetano.