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Cinco cidades recebem ações contra pedofilia

Operações ocorreram em Sto.André, S.Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão; 48 foram presos no Estado

Bia Moço
Especial para o Diário
21/02/2018 | 07:00
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Marcelo Gonçalves/Estadão Conteúdo


 Duas operações de combate à pedofilia realizadas ontem pela Polícia Civil na Capital, Grande São Paulo e cinco cidades do Grande ABC resultaram na prisão de 48 pessoas. Na região, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.

A polícia chegou aos criminosos após monitorar seus computadores por meio de sistema que busca indivíduos que fazem download de imagens ou vídeos de conteúdo pornográfico. Nas residências dos investigados, os agentes apreenderam CPUs, notebooks, HDs, celulares, pendrives, videogames, roteadores e CDs. Na casa de um dos presos, de 53 anos, foram encontradas bonecas e roupas infantis.

A operação Harpócrates cumpriu 49 mandados de busca e apreensão em 21 cidades da Região Metropolitana, incluindo a Capital. Mais de 100 viaturas e equipes compostas por cerca de 250 agentes do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo) participaram da ação. As investigações tiveram início há seis meses, depois de denúncia anônima e 36 pessoas foram detidas. Não foram detalhadas as prisões por cidade.

Já a ação denominada Guardiões da Infância, realizada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), prendeu 12 pessoas em todas as cidades percorridas. No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados. No Grande ABC, uma pessoa em Santo André e outra em São Bernardo foram autuadas em flagrante por posse de pornografia infantil. Todos os presos são homens, com idades entre 20 e 60 anos.

As investigações tiveram início em dezembro do ano passado. Mais de 100 policiais do departamento cumpriram os mandados. Dos 11 presos em flagrante, dez foram detidos por crime de armazenamento de imagens com pornografia infantil e adolescente. Os suspeitos pagaram fiança e todo material recolhido será investigado para que, posteriormente, respondam a inquérito. Já o 12º investigado ficou detido pelo delito de compartilhamento de imagens, crime que prevê pena de três a seis anos de reclusão e não dá direito a fiança na fase policial.

A diretora do DHPP, Elisabete Sato, destacou a importância das operações para a sociedade. “O número de casos de pedofilia, não só em São Paulo, mas em todo o Brasil, é alarmante. Quando abrimos a tela para monitoramento, não há como contar a quantidade de bolinhas vermelhas – que indicam pessoas que acessam pornografia infantil – que aparece. É um trabalho contínuo e o alerta em relação aos pais é sempre pela vigilância. Precisamos que fiquem atentos aos seus filhos e ao que acessam na internet.”




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