Política Titulo Mesmo sem Lauro
Câmara de Diadema adia empréstimo a hospital

Texto já tramita em Diadema há dois meses; para parlamentares, faltam esclarecimentos

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/02/2018 | 07:00
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A presença do vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV) na chefia da Prefeitura de Diadema – o prefeito Lauro Michels (PV) está de férias – não foi suficiente para convencer os parlamentares a aprovar projeto que autoriza o Paço a contrair empréstimo para a construção de hospital municipal.

O texto, que já tramita há mais de dois meses na Câmara, foi adiado pela quarta vez por falta de votos na sessão de ontem, primeira do ano. Desta vez, a apreciação da proposta foi prorrogada por três semanas.

Havia expectativa de que a medida pudesse ser finalmente avalizada ontem. Na quarta-feira, Márcio da Farmácia convidou todos os vereadores para um almoço em uma famosa churrascaria da cidade. O encontro reuniu, inclusive, vereadores da oposição.

No entendimento dos parlamentares, o governo Lauro falha no esclarecimento sobre a medida. “Como vamos aprovar um projeto que trata de endividamento do município a longo prazo sem sabermos, de forma detalhada, como se dará o pagamento dessa dívida?”, questionou o oposicionista Cicinho (PR).

A gestão Lauro pretende contratar financiamento na ordem de R$ 125 milhões com a Caixa Econômica Federal para a construção de outro hospital municipal. Porém, o projeto, de apenas duas páginas, não cita detalhes sobre a possível operação, como número de parcelas ou o tempo em que o município pretende quitar essa dívida.

A construção de hospital, a ser erguido na Avenida Doutor Ulysses Guimarães, na Vila Nogueira, foi promessa de Lauro durante a campanha à reeleição. O verde tenta erguer novo equipamento como forma de findar com o arcaico Hospital Municipal, em Piraporinha, que registra superlotação e pacientes nos corredores, além de problemas estruturais no prédio.

Por outro lado, parlamentares argumentam que não há motivo para a construção de outro hospital e que há necessidade de revitalizar outras unidades que foram construídas na última década, como o Quarteirão da Saúde. 




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