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Prainha está imprópria para banho

Segundo análise da Cetesb, foram encontradas
bactérias fecais que oferecem risco de contaminação

Por Leonardo Santos
Especial para o Diário
12/11/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Banhistas que frequentam a Prainha do Riacho Grande, localizada em frente à ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), em São Bernardo, devem ficar alertas nesta emenda de feriado. De acordo com relatório semanal de balneabilidade de mares e represas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), divulgado ontem, o local às margens da Billings está impróprio para banho.

A avaliação negativa é decorrente da presença da bactéria Escherichia coli, abundante em fezes humanas e de animais que geralmente é encontrada em esgoto, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente.

Neste ano, das 45 semanas em que a Cetesb avaliou a qualidade da água da Prainha do Riacho, somente em três o local estava próprio para banho. Nas demais análises, a área foi classificada como imprópria não só pela presença de bactérias fecais, mas também por conter algas em excesso.

A situação do local, que coloca em risco a Saúde da população, tem se agravado em virtude da falta de sinalização às margens da Prainha que avise os banhistas sobre a condição imprópria para banho.

Embora convênio firmado, em 2014, entre a Prefeitura de São Bernardo e a Cetesb, determine que o local seja sinalizado com placas, que orientem com cores se os pontos estão próprios para banho, a Prainha desde o início do ano está sem qualquer tipo de aviso.

Ontem a equipe de reportagem visitou o local e verificou ao longo da Prainha do Riacho que nenhuma placa avisava sobre a presença de bactérias na área. O problema já havia sido denunciado pelo Diário no início do ano.

“Nós, que somos da região, conhecemos e sabemos que é bom evitar entrar na Prainha. Mas e quem não conhece e veio pela primeira vez”, questiona a empregada doméstica Rosália Conceição, 35 anos.

Segundo moradores do bairro, a Prefeitura de São Bernardo, responsável pela sinalização da área, até tem instalado placas às margens da Billings, porém os avisos são alvos constantes de vândalos. “Eles (banhistas) mesmos que tiram as placas. É sempre assim”, comenta o analista de sistemas Jorge Viggi, 50 anos. “Todo mundo sabe que não dá para nadar por aqui. E aos finais de semana não tem espaço por conta da quantidade de pessoas.”

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo confirma a informação de que nos últimos meses disponibilizou novas bandeiras de indicação de balneabilidade nas águas da Prainha, em quatro oportunidades diferentes, entretanto, (todas) foram retiradas do mastro sem permissão.”

A expectativa da administração municipal é a de que o problema seja solucionado nos próximos dias. “Novas bandeiras já foram solicitadas à Cetesb para serem recolocadas o mais breve possível.”

Não bastasse a ausência de sinalização, frequentadores da Prainha também ressaltam a ausência de policiamento e salva-vidas no local.

“Apesar de não nadar na represa, eu sempre estou por aqui e sempre vejo poucos guarda-vidas”, revela o montador Felipe Araújo, 25.

Segundo a Prefeitura, a “responsabilidade por disponibilizar salva-vidas na Prainha do Riacho Grande é do Corpo de Bombeiros, por meio de contratação de bombeiros civis, como vem ocorrendo nos últimos três anos.” 




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