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Grupos 9 e 10 abrem a campanha salarial dia 25
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
19/07/2006 | 08:17
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Os metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) entregam na próxima semana, dia 25, a pauta da Campanha Salarial de 2006 para os sindicatos patronais. O conteúdo das reivindicações deste ano foi aprovado no último final de semana, quando 15 sindicatos filiados à FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) se reuniram para definir as metas.

Os grupos em questão são o 9 – empresas de trefilação, laminação, metais ferrosos, máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e similares e refrigeração – e 10 – indústria de estamparia, lâmpadas, entre outros. A campanha salarial dos grupos de montadoras, autopeças e fundição já estão acordadas para este ano desde o final de 2005. O Grande ABC representa 46% dos trabalhadores estaduais do grupo 9 e 29% do grupo 10, isto dentro do campo de atuação da CUT.

Aumento real – Para os dois grupos a reivindicação principal é a correção da inflação, feita a partir do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais aumento real. “Ainda não fechamos o total porque temos de esperar os dados de julho e agosto, mas o índice deve fechar em 2,8% de aumento”, explica Adi dos Santos Lima, presidente da federação. A meta de ganho real também está em estudo pelos sindicalistas e o percentual será definido conforme o crescimento apresentado por cada setor.

No ano passado, o grupo 9 recebeu aumento salarial total de 7,5%, com 4,66% referentes ao INPC e mais 2,72% de ganho real. E o grupo 10 conquistou 8,02% de elevação salarial, com 5,42% de índice de inflação e 2,64% acima da correção. Para 2006, o setor de autopeças, montadoras e fundição já acertaram 1,99%, 1,3% e 1,99% de reajuste, respectivamente, acima da inflação do período.

Unificação – Na proposta também há a alteração da data-base, pois os sindicalistas pretendem unificar as datas para que as negociações aconteçam ao mesmo tempo que no outro grupo. No caso do grupo 9, o pedido é que passe de agosto para setembro. Já o grupo 10 quer mudar de novembro para setembro, também.

Os trabalhadores do grupo 9 querem também que o adicional noturno passe de 35% para 50% do valor de uma hora de trabalho, como acontecia até 1998. No grupo 10 ainda há uma cláusula que necessita ser colocada a cada campanha, a de garantir estabilidade do trabalhador que adquiri doença em conseqüência do emprego até a aposentadoria. Segundo Lima, todos os anos as empresas entram com ação judicial para retirar esse ponto do acordo.

Os sindicalistas afirmam que farão o máximo para o acordo ficar apenas no campo das discussões. “Queremos um campanha tranqüila, diferente do ano passado em que os trabalhadores do grupo 9 e de montadoras tiveram que fazer greves para conseguir aumento real”, afirma Lima.



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