O superintendente da Polícia Civil na regiao, Ronaldo Aleixo e Silva, informou que os sem-terra chegaram em 13 caminhoes pertencentes ao MST. Os empregados da fazenda fugiram temendo represálias dos sem-terra.

Antes de ocupar a área, os invasores haviam participado de manifestaçao pelas ruas de Marabá contra a morte dos líderes do MST Onalício Araújo, o Fusquinha, e Valentim Serra, o Doutor, assassinados ano passado por pistoleiros na fazenda Goiás II, em Parauapebas.

O fazendeiro Délio Mutran, dono da área, responsabilizou o governo do Pará pela invasao. "As forças de segurança do Estado estao acuadas e impotentes para fazer valer o direito de propriedade. Isso pode resultar no caos social", afirmou Mutran.

Ele disse que ano passado já havia entrado na Justiça com interdito proibitório, para evitar que a área fosse invadida, mas até hoje a polícia nao cumpriu a decisao da Justiça. "Essa era a única fazenda da nossa família que ainda nao havia sido invadida pelo MST".