A Terra, possivelmente, já deve ter tido um sistema de anéis, na época da formação da Lua. Isso porque, segundo a teoria mais aceita, houve, há bilhões de anos, uma colisão entre ela e um corpo (de tamanho próximo ao de Marte), fazendo com que quantidade imensa de material do planeta fosse arremessada para o espaço. Esses ‘pedaços’ teriam entrado em órbita em torno da Terra, formando um anel. Porém, ele existiu até o momento em que o material se fundisse, nascendo a Lua. 

No Sistema Solar, quem é muito conhecido por possuir a característica é Saturno. Os anéis são compostos de bilhões de partículas, que variam entre grãos de areia e objetos do tamanho de montanhas. São compostos predominantemente de gelo e água, podendo conter traços de meteoritos rochosos. Apesar de Saturno parecer estar rodeado por um único anel (como se fosse uma espécie de DVD), existe conjunto com vários. Cada um é nomeado em ordem alfabética na sequência de sua descoberta, sendo conhecidos como A, B, C e assim por diante, com 4.700 quilômetros de largura entre eles.

Júpiter, Urano e Netuno também contêm sistemas de anéis, mas os de Saturno são, de longe, os mais bonitos e famosos.

VIDA

Apesar de não ter anéis, a Terra é, até o momento, o único lugar do universo onde há vida comprovada. Temos algumas condições especiais para que isso seja possível, como água no estado líquido, temperaturas amenas, chão firme, atmosfera e campo magnético que envolvem todo o planeta.

Mesmo dentro do Sistema Solar, ainda se cogita encontrar formas de vida parecidas com a nossa, por exemplo, nos oceanos que podem existir no interior de luas dos planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). 

Fabricio Finzetto Palos Pinhão, 11 anos, de São Caetano, mostrou curiosidade para saber os motivos de o nosso planeta de não ter anéis. “Acho que a Terra poderia ter alguns iguais a Saturno”, disse.

Consultoria de Daniel Rutkowski Soler, mestre em Ensino de Ciências e bacharel em Física com Habilitação em Astronomia.