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De qual orgulho estamos falando?

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem, durante inauguração das primeiras unidades

Por Beto Silva
06/05/2016 | 07:06
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A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem, durante inauguração das primeiras unidades geradoras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, que tem orgulho das ações de seu governo direcionadas ao Norte e Nordeste. Tem todo o direito de sentir essa satisfação. Mas, prestes a deixar o Palácio do Planalto – o Senado vota seu afastamento na quarta-feira, dia 11 –, a petista poderia também fazer mea-culpa de tudo o que fez de errado até agora. Principalmente de 2014 para cá. Porém, se sobra coragem para se manter no cargo até o último recurso e ainda fazer balanço positivo de sua gestão, falta dignidade para Dilma reconhecer as falhas. Ela poderia, por exemplo, pedir desculpas ao povo brasileiro por tê-lo enganado na eleição de 2014, que a reconduziu à Presidência da República. Durante a campanha, ela afirmara que o Brasil estava com as contas em dia, que a crise econômica não teria efeitos tão expressivos, pois estávamos com uma base sólida, construída ao longo de 12 anos do PT no comando da Nação. Disse que 2015 seria um ano de retomada. Afirmou que os adversários mentiam quando falavam que a situação era preocupante e que afundaríamos em conflito político-financeiro. Ressaltou que não iria mexer nos direitos trabalhistas. Paralelamente ao que discursava, protagonizava ações governamentais perigosas, como represar os preços administráveis (energia e combustível, por exemplo), o que criou uma inflação fictícia e uma falsa sensação de estabilidade naquele momento eleitoral. Tudo para ganhar o pleito, rumo ao segundo mandato. Valeu a pena o estelionato. O objetivo foi atingido. Mas aquele quadro pintado por Dilma não era verdadeiro. Ela mentiu. Enganou o povo. Será que a petista tem orgulho disso?

Demorou
Clóvis Volpi (PSDB) pediu para sair do comando do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) em novembro. Mas pediram para que ele ficasse até dezembro. O tucano procurou o então chefe da Casa Civil do governo estadual, Edson Aparecido (PSDB), para efetivar seu desligamento. Mas entrou em acordo para deixar a entidade em janeiro. A solicitação foi se arrastando, as conversas com integrantes do Palácio dos Bandeirantes foram sendo prorrogadas até que chegamos em maio. Ontem, sete meses depois de sua disposição em sair, finalmente foi desligado. “Até que enfim consegui”, disse Volpi, aos risos, achando graça da demora. Agora, ele se dedicará exclusivamente à candidatura à Prefeitura de Mauá, apesar de a cúpula paulista do PSDB achar que o projeto é pouco viável.

Tração animal
Depois da Câmara de São Bernardo, ontem foi a vez do Legislativo de Santo André aprovar projeto de lei que proíbe o emprego de veículos de tração animal, a condução de animais com carga e o trânsito montado em todas as vias públicas asfaltadas ou calçadas no município. A matéria é de autoria de Roberto Rautenberg (PRB). A propositura segue agora para sanção do prefeito Carlos Grana (PT). Se virar lei, prevê multa de R$ 5.000 para quem descumpri-la.

Chamado
O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), tem convocado reuniões regulares com comissionados. Os encontros são realizados no anfiteatro Heleni Guaryba, no Paço. O petista tem falado de suas ações de governo e pedido empenho para dinamizar a prestação de serviços. Ao todo são aproximadamente 700 cargos nomeados sem necessidade de concurso público. Quer dos aliados gás a mais neste momento que antecede a campanha eleitoral. 




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