Em 1995, Chirac chegou ao poder após derrotar o candidato socialista Lionel Jospin, sendo reeleito há um ano com uma vitória sobre o ultraconservador Jean-Marie Le Pen. O presidente da governista União pela Maioria Presidencial (UMP), Alain Juppé, respondeu que é algo "possível e desejável" nas eleições de 2007, ao ser questionado sobre a possibilidade de Chirac concorrer novamente à presidência, em entrevista ao jornal Le Figaro (direita).
"Mas estamos em 2003 e é melhor trabalhar nas reformas e não especular sobre eleições que só serão realizadas dentro de quatro anos", afirmou o ex-primeiro-ministro, considerado um dos "homens de confiança" do presidente.
Desde o ano passado, os mandatos presidenciais franceses passaram de sete a cinco anos. Os adversários de Chirac não dividem, obviamente, a mesma opinião. O Partido Socialista (PS) disse que essa eventualidade era "indecente". "Em um momento em que Chirac completa o primeiro aniversário de seu segundo mandato, parece que a única perspectiva é seu terceiro mandato", declarou Marisol Touraine, porta-voz dos socialistas.
Já o ex-primeiro-ministro socialista Laurent Fabius ironizou e disse que seria "mais simples nomear Chirac presidente vitalício". Outro socialista Claude Bartolome disse que o presidente dava a impressão de estar preocupado com seu terceiro mandato e por isso "cometeu até agora menos erros grotescos" que durante seu primeiro mandato.
Após ter batido o recorde de popularidade em março para um presidente em exercício com 75% de opiniões favoráveis, superando inclusive o general Charles de Gaulle graças a sua opinião contrária a uma guerra no Iraque, Chirac caiu nas pesquisas ao fim de abril, apesar de seguir em um nível de aceitação alto, 64%.
As graves dificuldades econômicas e a forte mobilização social contra a reforma do sistema previdenciário parecem explicar essa queda. Outra pesquisa revelou que 46% dos franceses desejam que Chirac, de 70 anos, volte a se candidatar em 2007, mas 71% acreditam que ele não fará isso.
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