O valor necessário para obter a despoluição das represas Billings e Guarapiranga, segundo o governo do Estado, é de R$ 1 bilhão. A verba seria concedida por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que assumiria 60% do total dos custos, e das prefeituras envolvidas.

José Serra confirmou durante entrevista coletiva na última sexta-feira que já revelou à União suas propostas. “Nós apresentamos para o governo federal as demandas de São Paulo em relação à Urbanização e ao Meio Ambiente, às ocupações urbanas. Eles estão examinando”, disse.

O governador não confirmou a quantia necessária, mas a participação federal viria complementar o projeto de recuperação já anunciado por Serra. Além da urbanização dos loteamentos irregulares, instalados em áreas de manancial, o Estado quer acelerar as negociações para finalização e aprovação da lei específica da Billings. A data anunciada para a conclusão da minuta é 22 de abril.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, o programa de despoluição da represa também prevê financiamentos volumosos na área de saneamento básico. Por meio de recursos concedidos pelo Banco Mundial, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ficará encarregada de aumentar a capacidade de coleta e tratamento de esgoto no reservatório, considerado um dos principais fatores poluidores da bacia.

A flotação do Rio Pinheiros, processo que permite o tratamento da água despejada na represa através do sistema de reversão realizado em dias de chuva, é outra ação essencial para a ‘limpeza’ do manancial. O governo promete iniciar os testes até o final do primeiro semestre desde ano. Não se sabe, porém, se essa questão está orçada no pedido estadual.