Pelo menos 42 civis morreram e outros 62 ficaram feridos em Mogadíscio nos intensos combates deste domingo entre soldados etíopes e insurgentes na capital da Somália.

De acordo com a ONG (Organização Não-Governamental) Elman para a Paz e os Direitos Humanos, 210 pessoas morreram em cinco dias de combates (terça-feira e de quinta-feira a domingo) entre o Exército etíope, aliado do governo somali, e os milicianos islamitas.

De acordo com a organização não governamental, o balanço foi estabelecido com a colaboração dos hospitais, de outras organizações humanitárias e os depoimentos de testemunhas. "Pedimos aos dois lados que cessem os combates. É inaceitável que os civis paguem. Há locais onde os corpos apodrecem nas ruas", disse Sudan Ali Ahmed, diretor da ONG.

Os combates com artilharia pesada e morteiro entre tropas etíopes e insurgentes prosseguiam, depois de uma madrugada com tiros esporádicos. O Exército etíope interveio na Somália oficialmente em dezembro de 2006 para expulsar do país os tribunais islâmicos, que convocaram a guerra santa contra o regime de Addis Abeba.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 321 mil pessoas deixaram Mogadíscio desde fevereiro.