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Para exportar mais, frigoríficos eliminam intermediários
26/05/2007 | 07:11
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Os grandes frigoríficos estão se movimentando para falar diretamente com seus consumidores no exterior, especialmente na Europa. A estratégia é bem simples: eliminar intermediários entre a indústria brasileira e o consumidor final dos cortes de carne bovina para vender a preços mais competitivos, aumentando, assim, as margens de lucro.

“Há quatro anos, a carne brasileira passava por até oito intermediários até chegar ao consumidor final. Hoje, não são mais do que quatro, quando os frigoríficos já não negociam diretamente com as redes varejistas”, diz Marcus Vinícius Pratini de Moraes, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias de Carnes) e ex-ministro da Agricultura.

Com essa movimentação dos frigoríficos, grandes traders brasileiras que atuavam no mercado exportador de carne estão reduzindo sua atuação nesse segmento e se dedicando mais aos embarques de açúcar e álcool.

“As empresas dizem que estão saindo do mercado de carne porque a demanda por commodities energéticas é muito grande, mas no fundo elas não estão sendo mais procuradas pelos frigoríficos”, diz um analista.

Um dos primeiros frigoríficos a adotar essa estratégia foi o Bertin. Atualmente com escritórios na Itália, Holanda e avaliando novas oportunidades em mercados europeus, o diretor de exportação de carne in natura, Marco Bicchieri, lembra que o grupo já consegue colocar carne nas gôndolas de supermercado com marca própria. “Vendendo diretamente ao varejo é possível ampliar em até 13% nossa margem por não passar por intermediários”,diz.




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