Em crise depois de ter sido rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro, o São Caetano passou por novo problema ontem. O meia Pedro Carmona, que está emprestado ao Náutico e tinha contrato com o Azulão até maio de 2015, conseguiu rescisão contratual após liminar concedida pela Justiça do Trabalho por estar há mais de quatro meses sem receber salários do Azulão.

Segundo a Lei Pelé, o clube perde o direito sobre o atleta quando os vencimentos de salário, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deixam de ser pagos por três meses seguidos. O clube deve salários e o fundo de garantia.

“Se formos contar o tempo que ele está defendendo o Náutico, este prazo já foi ultrapassado”, revelou o advogado do atleta, Carlos André de Freitas. O salário do jogador teria de ser dividido entre os dois clubes. Com essa decisão, o jogador está livre para assinar com outra equipe. A ação será concluída em novembro, mas dificilmente o Azulão conseguirá reverter a situação. “As chances de o clube perder o jogador são de 99%”, revelou o advogado.

Ex-atacante do São Caetano e empresário de Pedro Carmona, Magrão disse que o jogador está no caminho certo por mover ação contra o clube, mas que a decisão partiu do atleta.

“Ele quis partir por esse caminho. E tem o direito. Foi uma decisão tomada por tudo que o Pedro passou lá dentro. Ele se sentiu humilhado, em uma semana servia ao clube, na outra não era mais útil”, afirmou. Além de Pedro Carmona, o volante Luiz Augusto Louzã e o atacante Anderson Pimentinha também moveram ações contra o clube.