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Advogados questionam investigações
Flávia Braz
Do Diário do Grande ABC
18/08/2007 | 09:10
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“Existem três procedimentos que estão sendo feitos paralelamente e isso nos preocupa muito”. A avaliação é do advogado José Luiz Toloza Oliveira Costa, responsável pela defesa do engenheiro José Gaino, apontado pelo empresário Antônio José Cressoni como o principal gerente de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de São Caetano nas gestões do prefeito Luiz Olinto Tortorello.

O empreiteiro afirma ter sido obrigado a repassar para um suposto Fundo de Reserva até 25% dos pagamentos de obras executadas para a municipalidade.

Dias após matéria publicada pelo Diário, o Ministério Público entrou no caso atuando em duas frentes: no Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), em Santo André, e na Promotoria da Cidadania, em São Caetano. Ao mesmo tempo, houve instauração de inquérito policial na Delegacia Seccional de São Bernardo.

Costa nega as acusações feitas contra Gaino, questiona a eficácia de três investigações com os mesmos focos ocorrendo e ao mesmo tempo. “Nosso cliente pode receber duas intimações e, para atendê-las, uma instituição pode ser preterida”, receia.

DEFESA
Evandro Luiz Alves de Moraes, mais conhecido como Vavá – apontado pelo empreiteiro como responsável pela elaboração dos processos licitatótios em que ele afirma ter sido favorecido – compareceu quinta-feira à Seccional para prestar esclarecimentos.

José Gaino, que pediu afastamento do cargo de diretor de Obras após acusações, depôs no mesmo dia.

O advogado de Vavá, Mar-kus Miguel Novaes, adotou postura parecida à de Costa, optando por não comentar sobre ações futuras por parte da defesa. “Posso adiantar apenas que meu cliente é inocente”, diz Novaes. Sobre suposto patrimônio de R$ 1 milhão de Vavá, o advogado desmente o empreiteiro e afirma tratar-se de “um valor absurdo”, “Ele mora de aluguel em Santo André.”




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