Em um documento de sete páginas enviado neste sábado a Canicoba, o juiz espanhol pede que “se tenha por denunciados os fatos a partir desta data, servindo de denúncia formal esta resolução com a citada ordem de prisão” dos 46 acusados (três estão mortos e três foragidos), que o próprio decretou em 7 de julho passado.
Canicoba Corral determinou as detenções de 39 ex-militares e um civil argentinos a pedido de Garzón. O juiz espanhol colocou a disposição da justiça argentina toda a documentação do caso, instaurado na Espanha em 1998.
O documento pede que “se mantenha a situação pessoal de privação de liberdade de todos os envolvidos” até a adoção de uma decisão sobre seu julgamento ou não na Argentina e destaca que no caso de impossibilidade dos processos, “será reativado o pedido de extradição”.
Garzón encaminhou os pedidos de extradição ao governo espanhol nos dias 19 e 20 de agosto, mas na sexta-feira passada o governo decidiu suspender o processo. A Espanha argumenta que o Congresso argentino anulou em 21 de agosto as leis de anistia que garantiam a impunidade dos acusados, abrindo espaço para que o julgamento ocorra na Argentina.
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