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Capote estréia nos Abertos e mira a Europa
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
18/10/2007 | 07:24
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O cubano Rafael Capote estreou nos Jogos Abertos do Interior de Praia Grande na vitória do Imes / São Caetano diante de São Carlos no torneio de handebol por 23 a 21, no ginásio Falcão, na Vila Mirim. Mas os planos de Capote são bem audaciosos e o Brasil deve se transformar em morada temporária para o armador-esquerdo. "Pretendo ficar no País por dois anos, depois quero seguir com minha carreira na Europa", explicou o atleta de 20 anos.

Capote explicou que a deserção começou a ser desenhada ainda em Cuba, enquanto se correspondia com o amigo Michael, que joga no Imes/São Caetano. "A seleção cubana não teria outro jogo fora do país depois dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Por isso, o Brasil se transformou em única alternativa para buscar uma carreira profissional longe da ilha de Fidel Castro", afirmou o jogador, que pretende se transferir para Alemanha ou Espanha.

O desenvolvimento profissional foi o fator que mais pesou no momento em que decidiu abandonar a seleção de seu país durante o Pan. "Deixei a seleção por uma decisão profissional. Em Cuba, não tenho como evoluir no handebol porque fazemos poucos intercâmbios internacionais", explicou o atleta, ao afirmar que abandonar a equipe de seu país foi uma das decisões mais difíceis de sua vida. 

O armador-esquerdo afirmou que sua família não sofreu nenhum tipo de represália em Cuba. O técnico do IMES/São Caetano, Washington Nunes, fez questão de ressaltar que o clube não sabia previamente da deserção de Capote. "Fizemos um ato humanitário. Abrigamos alguém que precisava de ajuda. Logo após o Pan fizemos de tudo para regularizar a situação do Rafael no Brasil", afirmou Nunes. O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), do Ministério da Justiça, concedeu asilo político ao atleta. De acordo com Nunes, o jogador já está totalmente regularizado no país.




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