Política Titulo Caso Elian Santana
Comissão de ética depende de desdobramentos

Câmara de Sto.André aguarda dados da investigação, além de desenrolar do processo na Justiça

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
10/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A instauração de processo na comissão de ética na Câmara de Santo André para tratar do caso da vereadora Elian Santana (SD) ficará na dependência de novos e concretos desdobramentos da investigação. Sem dados aprofundados a respeito da Operação Barbour, a qual Elian foi alvo, acusada de envolvimento em fraudes no sistema de aposentadorias, os parlamentares pregam cautela e evitam pré-julgamento sobre a ação. O setor jurídico do Legislativo encaminhou ofício aos órgãos à frente das apurações para requerer informações.

A Câmara acatou a determinação judicial de afastamento de Elian pelo período de 180 dias, mas ainda analisa a situação referente à convocação de Vavá da Churrascaria (SD), primeiro suplente do partido. O resguardo, de acordo com o presidente da Casa, Almir Cicote (Avante), se dá no aguardo de parecer do departamento técnico. A decisão da Justiça não especifica sobre o chamamento de suplente para substituir a vereadora, presa desde a deflagração do caso, no dia 26. Com o recesso parlamentar, o Legislativo tem até início de fevereiro para definir o impasse.

Eleito presidente da Câmara para o biênio 2019-2010, Pedrinho Botaro (PSDB) pontuou que o cenário atual “é de suspeita sobre Elian e o gabinete, sem relação direta com a Câmara”. Para o tucano, a Casa tem que esperar as informações oficiais para fundamentar as movimentações internas. “Tudo será bem avaliado junto ao jurídico. Se tivermos elementos da culpabilidade, tem que instalar ferramenta, não temos compromisso com o erro. Se comprovadas essas irregularidades, é questão passível de cassação, mas, neste momento, acho prematura qualquer medida.”

Na última semana, a Justiça decretou prisão preventiva de Elian, sem prazo pré-determinado. Para a futura vice-presidente da Casa, Bete Siraque (PT), a mesa tem que partir da máxima constitucional que, até que prove o contrário, todo mundo é inocente. “Não somos nós que temos que julgar a vereadora com o processo em curso. Estamos acompanhando com cautela, e sem precipitação.” 




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