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Nissan ampliará planta no Brasil

Para atender mercado argentino e brasileiro, montadora inaugura fábrica para produzir a Frontier no país vizinho

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
Enviado especial a Córdoba
03/08/2018 | 07:00
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Divulgação


A montadora japonesa Nissan anunciou que investirá nos próximos dois anos US$ 40 milhões na planta brasileira, localizada em Resende (Rio de Janeiro). O anúncio foi feito pelo presidente da empresa no País, Marco Silva, na segunda-feira, em Córdoba, na Argentina.

A informação foi dada logo depois de a Nissan inaugurar sua primeira planta na Argentina, com o início da produção da picape Frontier. O modelo vinha sendo feito no México. A princípio, a Nissan terá o Brasil como único cliente da picape, além de atender o mercado local.

De acordo com Silva, a aplicação do valor de investimento na fábrica brasileira ainda está sendo estudado, mas ele antecipou que há possibilidade de a montadora abrir um terceiro turno de trabalho na linha de montagem. Atualmente, a Nissan brasileira conta com 2.400 funcionários atuando em apenas dois turnos. “Existe ainda um valor significativo por vir”, antecipou Silva, que não quis detalhar os futuros investimentos.

Esse suspense deve acabar no Salão do Automóvel, que ocorrerá de 8 a 18 de novembro, no São Paulo Expo, na Capital.
A nova fábrica da Nissan argentina, na verdade, foi instalada no local onde já existe uma linha de montagem da Renault, localizada na cidade de Córdoba. Foram investidos US$ 600 milhões e criados 1.440 empregos diretos e indiretos.

Silva descartou que a inauguração de uma segunda planta no Brasil esteja no horizonte dos planos da montadora. “A gente olha as plantas, hoje, em forma de alianças, como esta da Argentina. Podemos expandir a capacidade de produção nas existentes, mas fábrica nova não está nos planos.”

O evento de inauguração contou com a presença de lideranças da montadora e do presidente argentino, Mauricio Macri. Atualmente o país enfrenta crises política e econômica. A moeda local (Peso) está desvalorizada e a inflação galopa – fechou 2017 em 25%. Recentemente o país pediu socorro financeiro ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Semelhante ao que ocorreu no Brasil pré-impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Macri também amarga fragilidade política, impopularidade e desconfiança de investidores. Em seu discurso, o presidente pregou otimismo, disse que tem feito medidas para reverter o cenário e pediu que os argentinos se unam para enfrentar as dificuldades. “Não há solução mágica e as mudanças não se fazem da noite para o dia”, disse.

O repórter viajou a convite da Nissan 




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