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Secretário falta em evento para debater Cultura em S.Caetano

Apesar de Pasta ser organizadora da atividade, João Manoel se ausenta de conferência e revolta artistas

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/03/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A 4ª Conferência Municipal de Cultura de São Caetano foi marcada pela ausência do secretário de Cultura da cidade, João Manoel da Costa Neto (PSDB). O tucano alegou motivos de saúde para não comparecer ao evento que debateu o futuro de atividades culturais, com presença de autoridades no assunto. Curiosamente, o evento foi promovido pela Pasta gerida por João Manoel.

O fato causou revolta na classe artística do município. O Coletivo de Artistas de São Caetano, por meio de sua página nas redes sociais, classificou como “decepcionante” e “assustador” a falta de João Manoel no evento. Houve também contestação às ausências dos diretores da Fundação das Artes, Ana Paula Demambro, e da Fundação Pró-Memória, Charly Farid Cury, além dos vereadores integrantes da comissão de Cultura na Câmara, Jander Lira (PP), César Oliva (PR) e Caio Funaki (PEN).

“Em diversos momentos foi debatida a necessidade de alterações em leis municipais e a ausência de diversas autoridades municipais demonstra o descaso do poder público com a Cultura da cidade”, criticou o grupo.

Nos bastidores políticos da cidade foi comentado que João Manoel teria viajado em um cruzeiro promovido por uma rádio da Capital ao lado de Ana Paula Demambro, sua namorada – o navio partiu no sábado e retornou ontem. Essa informação, porém, não foi confirmada. João Manoel também não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o caso.

A atividade no sábado, realizada no Teatro Santos Dumont, contou com as presenças de Luís Sobral, diretor executivo da Associação Paulista dos Amigos da Arte, presidente da Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura e ex-secretário adjunto de Cultura do Estado de São Paulo; Aldo Valentim, doutorando em Políticas Públicas, pesquisador visitante na University of Haifa-Israel, mestre em Políticas Públicas e em Artes; e Mateus Sartori, secretário de Cultura de Mogi das Cruzes, além de outros debatedores do setor. Dentre os temas foram discutidos leis de acesso à Cultura, papel do terceiro setor nas ações culturais e contabilidade nos projetos da área.

Não é a primeira vez que João Manoel entra em rota de colisão com a classe artística da cidade. Considerado centralizador e personalista pelos grupos que produzem Cultura na cidade, o tucano esteve envolto na polêmica do Teatro Paulo Machado de Carvalho. Houve suspeita – não confirmada – de que o recurso de bilheteria de espetáculos no teatro foi direcionado à Fundação das Artes em vez de ser revertido para melhorias na unidade. Em dezembro, o Diário mostrou que o teatro carece de reforma. A última intervenção estrutural feita ano local aconteceu em 1999. 




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