Setecidades Titulo Há 3 anos
Área de Diadema espera há 3 anos por urbanização

Prorrogação de prazos para projetos
impacta Complexo Jd. Marilene/Vila Popular

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/11/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Há três anos que a elaboração de projetos básicos e executivos de urbanização do Complexo Jardim Marilene/ Vila Popular, em Diadema, só avança em uma questão: na prorrogação de prazo. A região sofre em virtude das condições de vulnerabilidade habitacional e social e assim segue sem expectativa de ver a realidade mudar.

Contrato com a CEF (Caixa Econômica Federal) para ações na área foi assinado em dezembro de 2013, com financiamento orçado em R$ 38,4 milhões. Em outubro do ano passado, o Diário noticiou aditivo assinado pela Secretaria de Habitação, solicitando extensão de 12 meses no acordo com a empresa Geométrica Engenharia de Projetos Ltda., justificando elaboração de projetos básicos e executivos do território. Agora, no dia 4 de novembro, novo aditivo foi publicado no Diário Oficial do Estado, com prorrogação de mais 12 meses.

Com o passar dos anos, a esperança de viver em um local com estrutura digna foi dando lugar à angústia e à lamentação. “Temos problema de esgoto, que atrai barata e rato que, do tamanho, parece um gato”, conta Vera Lucia Nascimento Oliveira, 57 anos, moradora da Vila Popular há 36. “Tem muita coisa para ser arrumada. Isso aqui parou no tempo. Quatro anos atrás o prefeito fez reunião e falou que tinha uma verba para cá e, até hoje, nem um bloco foi colocado. O povo fica revoltado”, reclamou.

Morador do Jardim Marilene, Roberto da Silva, 31, também lamenta a situação. “Disseram que iam fazer várias melhorias, como asfalto, e nada. Falta tudo, o bairro é bem abandonado”, disse.

No portal oficial da CEF, as informações correspondentes ao convênio dão conta de que o termo está em caráter de suspensão, sem perspectiva de prazo para a liberação. No site há também registro sobre situação da obra, classificada como “não iniciada”.

O Diário entrou em contato com a CEF para verificar a expectativa de andamento do convênio, mas a assessoria de imprensa pediu prazo de resposta para hoje, já que todas as informações sobre contratos do governo federal existem a necessidade de homologação pelo Ministério das Cidades.

A equipe de reportagem também questionou a Prefeitura de Diadema sobre as razões do aditamento dos projetos previstos para a área, bem como prazos de início e conclusão das ações. No entanto, a Secretaria Municipal de Comunicação disse que a Pasta de Habitação não teria condições de responder ontem e ficou de encaminhar um posicionamento hoje.  




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