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GCM de São Caetano recebe convite para torneio europeu

Campeã mundial de powerlifting, Patrícia Cândido vai aos Jogos de Policiais e Bombeiros na Espanha

Felipe Simões
16/05/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


No esporte, ter um desempenho acima do normal que impressione público, juízes e outros competidores é para poucos. É o caso da andreense Patrícia Cândido, 39 anos, chefe do setor administrativo e do gabinete de instruções da GCM (Guarda Civil Municipal) de São Caetano. Ela é a atual campeã dos Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros de Powerlifting, disputados nos Estados Unidos, ano passado, e, por isso, foi convidada para participar dos Jogos Europeus de Policiais e Bombeiros que será realizado entre 11 e 19 em Huelva, na Espanha. Ela viaja ao Velho Continente dia 10.

“É uma competição europeia e o Brasil não poderia participar. Mas fomos convidados pelo desempenho no Mundial. Em 2013, o Brasil ficou em 15º no quadro de medalhas. Ano passado, ficamos em quinto”, destacou Patrícia.

Mas até o pódio mundial no supino e no push-pull, união do supino com o levantamento-terra, na categoria até 82,5 kg, a andreense teve de comer muito arroz com feijão. Ela conheceu o esporte em 1999, aos 23 anos, quando foi convidada para participar de uma competição por levantar muito peso na academia onde treinava. Foi vice-campeã e passou a se dedicar ao esporte, que combina três movimentos – agachamento, supino e levantamento-terra – cujos pesos se transformam em pontos para efeitos de classificação.

“(O vice-campeonato) Foi um incentivo muito grande. A gente que é atleta gosta de competir, está no sangue. Em vez de você ver algo de forma negativa, transforma aquilo em vontade para treinar cada vez mais e melhorar”, lembrou Patrícia.

De lá até aqui, além do mundial, montou galeria extensa de títulos – foram 11 paulistas, cinco brasileiros e um pan-americano, com recordes pessoais de 102,5 kg no supino, e 170 kg no agachamento e no levantamento-terra. Tudo sem treinar como deveria – dois períodos diários em vez de duas horas por dia, quatro vezes por semana –, sem um patrocinador fixo e conciliando com o trabalho que envolve a capacitação e o aperfeiçoamento dos guardas são-caetanenses.

“Normalmente sai tudo do meu bolso. A Prefeitura apoia de outra forma, com liberações para treinamento. Mas com verba eu procuro parceiros. No momento, estou procurando um para completar o que falta para viajar”, disse. “Sou formada em Gestão Pública e estou em constante aprimoramento profissional. O esporte acaba ajudando indiretamente, pois passo valores como disciplina aos guardas e também aprimoro a parte psicológica”, explicou Patrícia.

Questionada sobre preconceito, a atleta afirmou nunca ter sofrido ou sentido qualquer tratamento negativo por conta do esporte.

“O pessoal (da GCM) fica muito orgulhoso porque eles se sentem representados. Sinto um carinho muito grande, eles perguntam como estão os treinos e as competições”, destacou a atleta.

A expectativa para o Europeu é das melhores, apesar do alto nível das concorrentes. O que vale, para Patrícia, é fazer o máximo para ter bom desempenho.

“Dou meu melhor nos treinos para representar bem nosso País. Acredito em bons resultados, apesar de que as europeias são muito fortes. De qualquer forma, vou me empenhar o máximo”, afirmou Patrícia. 




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