Em jogo de tempos antagônicos, o Santos superou a ausência de Neymar e surpreendeu o Botafogo em pleno Engenhão. A vitória por 2 a 0 premiou a eficiência do Peixe e serviu para afastar o time da zona de rebaixamento, além de quebrar sequência de três partidas sem vitórias. Pior para o Botafogo, que chegou ao sexto jogo de jejum e se distanciou ainda mais do G-4.

O Santos deveria agradecer pelo apito do árbitro Wagner Reway que pôs fim ao primeiro tempo. Totalmente perdido e sem vibração em campo, o Peixe foi engolido pelo Botafogo, que só não marcou por conta de grandes defesas de Rafael e pela trave, que por duas vezes salvou os paulistas.

Outra vez sem Neymar, que está com a Seleção Brasileira, o Santos experimentava do próprio veneno. Esbanjando velocidade pelas pontas, o Botafogo confundia a marcação e desperdiçava oportunidades. Foram pelo menos seis possibilidade claras de gol.

Percebendo que algo não saia de acordo com o combinado, Muricy Ramalho tentou corrigir o posicionamento do meio campo através dos gritos. Como não funcionava, aos 37 ele sacou Bernardo para a entrada de Henrique.

Mas o futebol, de fato, é imprevisível. No segundo tempo, o Santos voltou bem mais organizado, jogou água na pressão do CF51Bota/CF e mudou totalmente o panorama da partida.

Tudo começou aos sete minutos, em cobrança de escanteio que Ewerton Páscoa desviou e achou André, na segunda trave, que abriu o placar.

O gol desestabilizou completamente o time carioca, que saiu desordenadamente em busca do empate e abriu espaços para o Peixe contra-atacar. Demorou dois minutos até que Miralles aproveitasse passe em profundidade e tocasse rasteiro na saída de Renan.

Estava consumada a vitória, o Botafogo, mesmo com domínio da bola, não conseguia se infiltrar na defesa santista com a mesma facilidade de antes e sentiu na pele um dos ditados mais antigos do futebol: quem não faz, toma!