Márcio Bernardes Titulo
Brasil disputa ouro com todos os méritos

Desta vez o futebol brasileiro fez prevalecer a condição de protagonista e venceu com tranquilidade

Por Especial para o Diário
08/08/2012 | 00:00
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Desta vez o futebol brasileiro fez prevalecer a condição de protagonista e venceu com tranquilidade a Coréia do Sul, classificando-se para disputar a final do futebol masculino, no Estádio de Wembley, aqui em Londres, contra o México.

Em todos os momentos o jogo mostrou que o Brasil tem mais time do que a Coréia e que a vitória consagrou essa superioridade.

A preocupação com a defesa aumentou os cuidados do meio de campo e aquilo que se esperava acabou se confirmando: o Brasil fez do seu ataque a melhor defesa para uma vitória.

Mano Menezes sabe que o México joga junto há algum tempo e que não será nenhuma carne de pescoço vencer a final. Melhor assim; o time brasileiro entra pilhado, respeitando o adversário e buscando a inédita medalha de ouro olímpica.

O que se percebe é que os jogadores estão mesmo focados na conquista, querendo, na verdade, passar para a história. O prêmio de R$ 180 mil prometido pela CBF, em caso da conquista da medalha de ouro, apesar de cobiçado, não está na prioridade, pelo menos de quem abordou o assunto. "Agora dinheiro não é problema", disse Neymar, depois da vitória sobre a Coréia.

Comentários olímpicos

A vitória do vôlei feminino no tie-break contra a Rússia foi uma das maiores emoções desta Olimpíada. Seis mach-points foram superados pela equipe brasileira, que ganhou outra confiança para pegar o Japão na semifinal. Depois de jornada que começou titubeante, o Brasil firmou-se e voltou a sonhar com o bi de ouro.

Não foi só a brasileira Fabiana Murer que decepcionou no salto com vara. A campeoníssima Yelena Isinbayeva ganhou apenas a medalha de bronze. Todos esperavam que ela confirmasse o favoritismo e levasse a terceira medalha de ouro olímpica. Acostumada a saltar até 5,65 m, a russa empacou nos 4,65 m.

A exposição sobre o Rio de Janeiro e o Brasil tem levado muita gente à embaixada brasileira no centro de Londres. São exibidos filmes em 3D e fotos das principais cidades do País, sempre ressaltando a Olimpíada de 2016 e a Copa de 2014. Os ingleses têm elogiado a mostra e se nota cada vez mais interesse pelo Brasil aqui na Europa.

Ainda não está definido o destino do Estádio Olímpico de Londres. O West Ham quer mandar os seus jogos lá. Também houve interesse do Totthehan, mas somente depois da Olimpíada é que as autoridades vão resolver como será usada a arena, que por sinal, é uma das mais bonitas do mundo.

"Vim aqui para fazer história"

Usain Bolt, todo prosa e pouco humilde.

"Foi uma injustiça"

Chana, ótima goleira do handebol feminino, que perdeu para a Noruega.

"Hoje eu fui uma m..."

Ana Cláudia Lemos, depois de fracassar na semifinal dos 200 m rasos.

"O basquete brasileiro venceu com dignidade a Espanha"

Comentário no site do COB sobre o triunfo do Brasil.

Toque final

Todos comentavam abertamente no Parque Olímpico que a Espanha entregaria o jogo para o Brasil. Apesar da frieza e pragmatismo dos tempos atuais, era difícil acreditar. Os jornais espanhóis fizeram pesquisas nos seus sites e 70% do público era favorável à derrota no basquete masculino. Tudo isso para não pegar os Estados Unidos na semifinal.

Os três primeiros quartos foram francamente favoráveis aos espanhóis. Nada parecia marmelada. Apenas se estranhava o técnico brasileiro Rubén Magnano ter mantido em quadra a maior parte do tempo os jogadores reservas do Brasil, que por sinal, mostrou belo jogo.

No quarto set, aparentemente, os espanhóis tiraram o pé do acelerador. E o Brasil jogou com categoria, competência e dignidade. Ressalte-se o brilhantismo de Leandrinho, Tiago Spliter e Marquinhos.

Vitória brasileira no fim e a certeza de que pelo chaveamento vamos enfrentar os Estados Unidos na semifinal, isso se vencermos hoje a Argentina.

Não se pode provar nada e ninguém admitiu a possível marmelada espanhola. Mas ficou cheiro de gente podre, sem espírito olímpico e que mancha a proposta do Barão de Cobertein.

Às vezes não há justiça dos homens. Mas a justiça Divina nunca falha.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.Br




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