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Condomínios reabrem áreas comuns na região

Três cidades permitem flexibilização seguindo protocolos de higiene; salões de festas seguem fechados

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
01/10/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


Após seis meses de isolamento físico devido à pandemia do novo coronavírus, os condomínios residenciais do Grande ABC iniciaram a abertura gradual das áreas comuns, como quadra, piscinas, brinquedotecas e academias. Salões de festas e áreas de churrasqueiras ainda não estão autorizados a funcionar para evitar aglomerações e a entrada de visitantes nos prédios.

Em Santo André, por exemplo, conforme decreto publicado no dia 16 de junho, a Prefeitura liberou a reabertura das áreas comuns, bem como a retomada de serviços como obras e reformas nos condomínios e edifícios residenciais. A administração deixou a cargo de cada empreendimento a definição de horários e a limitação de usuários, de acordo com o tamanho do espaço e levando em consideração a possibilidade de contágio pelo novo coronavírus. “Em relação às áreas comuns, fica recomendada a liberação gradual do uso, iniciando primeiramente com a liberação dos espaços abertos ou ao ar livre, ficando recomendada ainda a não reabertura de espaços fechados como churrasqueira, salão de jogos, salão de festas, espaço gourmet e brinquedoteca, visto que o uso poderá aglomerar muitas pessoas”, ressalta trecho do decreto andreense.

São Bernardo informou que os condomínios têm autonomia para flexibilizar o uso desses espaços, desde que sigam regras sanitárias como distanciamento físico, uso de máscaras e higienização pessoal, com decisões entre os moradores por meio de assembleias, seguindo os regimentos internos. “A administração recomenda – como medida de segurança – que os prédios criem mecanismos de revezamento e agendamento para evitar aglomerações nas áreas de uso coletivo”, exige o Paço.

Em São Caetano, a Prefeitura destacou que os condomínios são áreas particulares e, diante disso, recomenda que sejam exigidos os itens de segurança e higienização, como máscaras e o uso do álcool gel.

Diadema, Mauá e Ribeirão Pires informaram que, até o momento, não há decreto municipal para retomada da utilização desses espaços de lazer em condomínios, ou seja, continuam proibidos. Rio Grande da Serra não respondeu aos questionamentos do Diário até o fechamento desta edição.

O presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) e vice-presidente do Grupo Graiche, José Roberto Graiche Júnior, destaca que, não só no Grande ABC, mas em todo Estado, a flexibilização destes espaços já ocorre, com exceção dos locais fechados, para evitar aglomerações. “Com a chegada do calor, as pessoas vão querer utilizar esses espaços, porém, é necessário que os próprios condomínios façam enquetes e pesquisas para discutirem e reforçarem esses cuidados”, comenta Graiche.

O especialista avalia que a fiscalização dessa retomada pode ser feita de diversas maneiras, como organizar uma lista com reservas para frequentar a piscina ou demais espaços, ou até relacionar a ordem de chegada por pessoa, desde que obedeça o limite de capacidade do espaço. “Acredito que uma bela conversa e respeito ao próximo são as melhores saídas. Caso isso não funcione, na própria assembleia entre os moradores já pode deixar claro que quem não respeitar, pode receber advertência ou até uma multa”, explica Graiche. 

Uso de piscina gera polêmica em São Caetano

Moradores do condomínio Vivacittá, no Jardim São Caetano, ficaram incomodados com a flexibilização do uso da piscina. O espaço, que está disponível desde o dia 17 de setembro, gerou polêmica entre os condôminos, principalmente pela falta de cuidados, como uso incorreto das máscaras e aglomerações. Segundo relatos de moradores, a área da piscina tem recebido cerca de 60 usuários durante o dia.

De acordo com documento repassado aos condôminos para a utilização desses espaços, as famílias devem permanecer na área por até duas horas e o número máximo de pessoas no local é de 29. “A responsabilidade pela higienização é de cada morador e deve ser realizada antes e depois da utilização dos utensílios de uso comum”, destaca nota.

“Neste condomínio, muitas pessoas reclamam de outros moradores sem máscara no elevador, mas são essas mesmas pessoas que confraternizam normalmente na piscina”, detalha um morador, que preferiu não se identificar. “Adolescentes que vivem na piscina e sabemos que os pais estão em isolamento (por suspeita ou infectados pela doença), ou seja, o risco é grande”, observa.

Questionada, a Millenium, administradora do condomínio Vivacittá, informou que autorizou o uso da piscina desde que os moradores seguissem as regras de comportamento já estabelecidas. “Os moradores estão cientes de que o descumprimento destas regras acarretará no fechamento do local”, declara, em nota.
A empresa ABC Síndico Profissional, que assume a gestão do condomínio a partir de hoje, detalha que vai ampliar a fiscalização, realizando rondas para focar áreas comuns, principalmente na piscina, além de seguir padrão de proteção e constante limpeza dos espaços.




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