Cultura & Lazer Titulo Aparecida
Rafael Murió participa de exposição no santuário

Artista de São Caetano preparou durante
três meses quadro que lembra medalha do pai

Miriam Gimenes
08/10/2017 | 07:00
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Divulgação


 A imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada por três pescadores há 300 anos nas águas do Rio Paraíba do Sul. A partir de então, a santa ganhou o Aparecida no nome e recebeu, tempos depois, o título de padroeira do Brasil. Passados três séculos deste encontro fatídico, a fim de celebrar, Santuário Nacional será inaugurada hoje a exposição Olhares, que conta com obras de artistas que homenageiam Nossa Senhora, entre eles Rafael Murió, de São Caetano.

O convite surgiu, segundo ele, porque há dois anos o seu trabalho ganhou notoriedade após ficar exposto, durante três semanas consecutivas no cenário do Domingão do Faustão. Uma afiliada da Globo ligou para Murió pedindo para participar e, devoto que é, não titubeou. “Tinha um limite de até um metro e meio de quadro e levei dois meses pensando neste assunto, não queria fazer nada quadrado. Foi então que lembrei que meu pai tinha uma medalha dela no peito, que não tirava nem para tomar banho. Acabei fazendo uma tela redonda”, explica.

Murió, que nasceu em São Caetano, mas mora em São Paulo e tem 55 anos de carreira – já participou de mostras no Carrousel du Louvre, em Paris (França), e em Londres (Inglaterra) –, diz ter unido o impressionismo, a arte africana, a nordestina e o grafite em sua obra, que levou três meses para ficar pronta e ganhou o nome de Maria da Fé.

Nela, registrou a imagem em cima de uma mesa, o barco – com os lugares dos três pescadores – anjos, e flores, que são sua marca registrada. Tudo com muita cor. “De fundo coloco meu estilo de desenho, que é totalmente movimentado, como se fosse o ato de jogar a rede do rio”, explica.

Ele, que desde criança é devoto da santa, diz ter certeza de ter contado com o apoio dela para essa e outras obras. “Foi espírito, corpo, mãos, pincel, tudo falando com Nossa Senhora Aparecida, que, por sinal, sempre esteve do meu lado pintando. Foi feito a quatro mãos de alguma forma.”

A mostra, que também contará com obras de Romero Britto, Mauricio de Sousa, entre outros artistas, será realizada no subsolo do santuário, próximo à sala dos milagres, e deverá se estender até o fim do ano. Depois, as obras serão doadas ao Museu do Santuário Nacional de Aparecida, onde ficarão permanentemente. A visitação é gratuita.

VIRTUAL
Também em comemoração ao tricentenário, a Fundação Pró-Memória de São Caetano abriu a exposição virtual Nossa Senhora Aparecida: Imagens da Devoção à Padroeira do Brasil em São Caetano, que está disponível no site da instituição (www.fpm.org.br).

Ao todo são 17 fotos, relacionadas à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, situada no bairro Barcelona, às procissões realizadas em 12 de outubro, além das que mostram famílias são-caetanenses em visita à cidade de Aparecida.

Livro-guia reúne igrejas dedicadas a Maria no País
A mãe de Deus, conhecida como Maria, ganhou diversos nomes no Brasil, mais precisamente 33. E, depois de andar por diversos Estados a fim de apurar reportagens turísticas, a jornalista e escritora Alexandra Gonsalez reuniu informações, realizou entrevistas e fez o livro Nossas Senhoras do Brasil (Pólen Livros, 192 páginas, R$ 39,90), que acaba de ser publicado.

Na obra, além de falar do Santuário Nacional, ela lista 50 igrejas marianas presentes nas capitais brasileiras e em santuários de forte movimento de peregrinação, com detalhes arquitetônicos, informações históricas e curiosidades sobre as igrejas. O livro está à venda no site da editora (www.polenlivros.com.br).




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