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Oposição ficará com controle de comissões do Legislativo

Registrada por blocos, bancada contrária a Lauro tem votos para comandar setores vitais da Casa

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
31/01/2017 | 07:00
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Com minoria na Câmara de Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) vai perder o controle das comissões permanentes da Casa, grupos que dão aval aos projetos protocolados no Legislativo.

A bancada de oposição fez uso do regimento interno e registrou no fim da semana passada dois blocos para conseguir obter maioria nas principais comissões do Parlamento, a de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento.

Pelo regimento interno da Casa, os maiores blocos partidários têm direito a indicações prioritárias nessas comissões. A bancada do PT se uniu ao PRB e PR, tendo, assim, sete vereadores – Josa Queiroz (PT), Orlando Vitoriano (PT), Ronaldo Lacerda (PT), Cícero Antônio da Silva, o Cicinho (PRB), Ricardo Yoshio (PRB), pastor João Gomes (PRB) e Luiz Paulo Salgado (PR). Como maior bloco da Câmara, terá direito à primeira indicação nas comissões. O líder dessa ala será Josa, com Yoshio de vice-líder.

Na sequência aparece o grupo governista. O PV, com seis parlamentares, apresentará seu nome na sequência – hoje os verdes são Paulo Bezerra, Márcio Júnior, Albino Cardoso, Rodrigo Capel, Zé do Bloco e Talabi Fahel.

A terceira indicação ficará com o bloco de PPS e DEM, com cinco vereadores – Salek Almeida (DEM), Revelino Teixeira, o Pretinho (DEM), Audair Leonel (PPS), companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS) e Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha (PPS). O líder será companheiro Sérgio, com Salek na vice-liderança.

Cada comissão acolhe três vereadores indicados. Ou seja, a oposição terá ao menos dois nomes nas comissões de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento. Com maioria, também emplacará o presidente dos grupos.

Conforme o regimento interno, projetos podem empacar se não receberem aval das duas principais comissões da Casa – ao todo são oito setores, sendo seis de menor importância.

A situação ficou desconfortável para Lauro Michels na Câmara depois que houve rompimento formal do governo com PPS e DEM. As siglas, eleitas no arco de aliados do prefeito, pediram mais espaço no segundo e terceiro escalões do Paço – incluindo indicações do PRB, que foi adversário do verde no pleito. O diálogo oficialmente se encerrou na semana passada, com a demissão de José Carlos Gonçalves (PPS) e de Paulinho Correria (PEN) dos cargos de secretários de Transportes e de Cultura, respectivamente.

Atualmente, o governo conta com base de sustentação de nove vereadores, enquanto a oposição possui 12 representantes. Com esse quórum, até mesmo projetos simples de autoria do Executivo podem ser vetados pelo Legislativo. 




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