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Moradores discordam de ação movida por promotor
Por Célio Franco
Do Diário do Grande ABC
01/03/2007 | 23:58
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Os co-autores da ação civil que pede a indenização dos proprietários dos 1.760 apartamentos do Residencial Barão de Mauá discordaram nesta quinta-feira da decisão do promotor Roberto Bodini de suspensão do processo judicial. O advogado Aurélio Okada, representante do Movimento Brasileiro Juventude, Comunidade, Justiça e Cidadania, criticou ainda a insistência de Bodini em ressaltar a questão ambiental. “Além dos danos ambientais, os moradores querem a reparação dos prejuízos materiais e morais. Apesar de a própria Justiça ter colocado as entidades como co-autoras no processo, nós estamos sendo deixados de lado”, disse Okada, que representa cerca de 200 famílias em ações individuais.

“Em um possível acordo, deverá constar o dever dos réus – Cofap, Paulicoop, SQG Empreendimentos, Construtora Soma e Prefeitura de Mauá – de indenizar os moradores, sem a possibilidade de recurso no futuro. A própria juíza (Maria Lucinda da Costa) já deu os parâmetros para essas indenizações.”

Sobre a proposta da Cofap, de descontaminação do terreno, Okada questionou: “Esse negócio de colocar um agente biológico para tornar inerte o material tóxico funciona em tubo de ensaio, mas como pode dar resultado em uma área tão grande como a do Barão de Mauá?”

O advogado Eduardo Barbosa Nascimento, representante do Instituto Defesa da Cidadania, afirmou que a suspensão do processo prejudicou o andamento das ações individuais dos moradores por indenizações.

A moradora Tânia Regina da Silva, síndica da Quadra 7, também mostrou sua revolta com a suspensão do processo. “Minha filha tirou um tumor do seio e não vou esperar mais ninguém ficar doente na minha família. Se oferecerem a opção de me mudar, saio agora de lá.”

Para Edna Tereza Brino, moradora da Quadra 5, “nada aconteceu desde a constatação das irregularidades”.

A Cofap emitiu nesta quinta-feira nota em que diz que as rés, em conjunto com o MP, trabalham numa solução alternativa e definitiva para os problemas ambientais daquele condomínio. “Esse plano visa devolver à população local sua tranqüilidade de bem viver. Neste sentido, quando estiver concluído, o plano será apresentado à comunidade local.”



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