Política Titulo Imbróglio
Diante de manobra, eleição no Sindserv fica remarcada

Novo pleito ocorrerá em 26 e 27 de novembro; a chapa de oposição, vencedora, acionou Justiça contra a impugnação

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
28/10/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo confirmou, em publicação oficial, que as novas eleições internas ocorrerão nos dias 26 e 27 de novembro. A oficialização acontece uma semana depois da comissão eleitoral da instituição anular o resultado do pleito do dia 26 de setembro, que deu vitória ao servidor Marcelo Siqueira contra o atual presidente da entidade, Giovani Chagas. Em contrapartida, o opositor confirmou ingresso na Justiça do Trabalho e MPT (Ministério Público do Trabalho) para contestar impugnação de sua vitória, requerendo direito de posse.

O bloco de oposição, liderado por Siqueira, venceu disputa interna contra a ala situacionista, encabeçada por Chagas, que tentava reeleição, por 51 votos de diferença, que previa sucesso, principalmente após liderar maior greve da categoria, em maio. Sem acordo de reajuste salarial com o prefeito Luiz Marinho (PT), o funcionalismo cruzou os braços por 22 dias.

Com o revés, os situacionistas entraram com pedido de adiamento do resultado, após desconfiança na contagem dos votos em urnas dos setores de Esporte e Finanças.

O grupo opositor apresentou argumentos contrários ao pedido da ala rival, entretanto não teve o pedido acatado pela comissão eleitoral, que julgou procedente a reclamação dos derrotados.

Mesmo com ingresso na Justiça, Siqueira voltou a inscrever seu nome para a nova disputa pelo cargo máximo do Sindserv.

“Tenho certeza que a Corte vai nos dar o direito de posse pela vitória que tivemos. De qualquer forma, avaliamos que deveríamos concorrer novamente e seguir acompanhando o processo de perto”, considerou.

O prazo para que novos concorrentes entrem na disputa eletiva do sindicato da categoria se encerra hoje. A direção do Sindserv revelou que, até o momento, só foram inscritas as duas chapas que já se enfrentaram em setembro.

“O que o bloco situacionista está fazendo é fraude. Todos os documentos que atestavam legalidade do processo eleitoral foram assinados. Quer dizer, houve violação da documentação eleitoral. Nem mesmo o pedido de vistas ao resultado foi registrado em ata”, atacou Siqueira.

Em assembleia, ontem, com representantes dos dois grupos, nova comissão julgadora para o pleito foi eleita. Em tom crítico, Chagas rebateu o argumento do rival, classificando como “incoerente” a postura após a impugnação do resultado.

“Existe incoerência total do bloco (de oposição). Como eles acionam à Justiça e, ao mesmo tempo, concordam em concorrer na nova eleição? Da minha parte, estou tranquilo. Tudo está sendo acompanhado e torço que a vontade da categoria prevaleça”, justificou Chagas.

O mandato de presidente do Sindserv prevê gestão de quatro anos. A posse está marcada para 1º de dezembro. 




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