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Ex-campeões na torcida pelo Ramalhão
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
24/04/2010 | 07:00
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As coincidências são diversas. Os três jogaram no Santo André, entraram para a história após conquistarem títulos pelo clube, atualmente defendem o União São João e estarão na torcida pelo Ramalhão amanhã, na decisão do Campeonato Paulista, contra o Santos. O lateral-direito Alexandre, o meia Élvis e o ex-jogador Da Guia, hoje auxiliar técnico de Luís Carlos Ferreira (outro que também já foi do Ramalhão), admitiram que apesar do foco no acesso da equipe de Araras à Série A-1 estadual, a torcida pelo sucesso andreense é forte.

"O Santo André está na veia. Para mim é uma segunda pele. Conquistei muita coisa pelo clube, que me ajudou muito. A gente acompanha daqui, comenta, e estou para ligar para o Sérgio (Soares, técnico do Ramalhão) para manifestar meu apoio", disse Da Guia, campeão da Copa do Brasil pelo clube em 2004.

"Tenho muito carinho pelo Santo André. Foi o clube que me alçou para o cenário brasileiro que para sempre vou guardar dentro de mim. Hoje a equipe vive um momento maravilhoso e busca esse título inédito. A nossa torcida, apesar de distante, está confiante que o time será campeão", emendou Élvis, que também comemorou o título sobre o Flamengo, em 2004, no Maracanã.

Para Alexandre, que conquistou no clube os títulos da Copa Estado de São Paulo, em 2003, e da Série A-2, em 2008, os jogadores do Santo André têm de acreditar no título, porque é possível. "É algo maravilhoso. Se já chegou até aí, não custa sonhar. É difícil, mas não impossível. A equipe precisa se apegar na chance que tem", comentou. "O negócio é reverter a vantagem no primeiro jogo e segurar no segundo", indicou o lateral-direito.

Quem também deu dicas sobre como vencer o Peixe foi Da Guia, por meio de análise mais técnica. "Acho que a equipe deve atacar o Santos, porque quando eles são atacados têm problemas. Estamos torcendo. É complicado, mas o futebol reserva surpresas e o que o Santo André tem de fazer é jogar da mesma maneira."

O União São João jogará o destino na Série A-2 amanhã, contra o Guaratinguetá, às 15h. "Será praticamente no mesmo horário do Santo André, mas o coração estará ligado", finalizou Élvis.

Sérgio Guedes acredita e indica caminho aos andreenses

A passagem do técnico Sérgio Guedes pelo Santo André foi menor do que ele esperava. Apenas sete meses de trabalho, a quase classificação às finais do Paulistão de 2009 e o início com imponência a Série A do Brasileiro. Mesmo deixando o clube sem terminar o trabalho, o treinador diz que foi tempo suficiente para se apegar.

"Como tive uma passagem legal, fico feliz por eles. E também porque alguns desses atletas foram levados por mim", disse Guedes, que apostou, por exemplo, no zagueiro Cesinha, no lateral-esquerdo Arthur e trouxe o volante Ricardo Conceição.

Vice-campeão paulista com a Ponte Preta em 2008, quando perdeu para o Palmeiras na final, o treinador pede ao Ramalhão que aproveite da melhor forma os dois jogos, já que o Santos deve encará-los de outra forma. "O clube grande chega com frequência a situações como essas. Aquele que já está acostumado a chegar, só considera a conquista. Os times menores se dão por satisfeitos por terem chegado."

Para conquistar o título, Guedes pede para que os jogadores sigam com o mesmo desempenho do início do campeonato, quando estrearam contra a Ponte Preta, então treinada por ele. "Naquele dia vi que era uma equipe que incomodaria. Eles devem ser o que foram, desconsiderar tudo o que foi dito e está sendo. Estou na cidade (mora em Santos) e a par do que acontece. Existe a preocupação com a supervalorização do título, mas é da boca para fora, porque o que sentem é que o Santos vence. Dizem que é o time que mais dificultou para eles, mas é só uma forma de não comemorar antes", comentou. o técnico, que com a Ponte foi um dos quatro a não perder para o Peixe(empatou, na Vila, por 1 a 1).




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