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Henrique 'cava' espaço no São Paulo
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20/02/2010 | 07:00
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O garoto Henrique tem sua carreira gerenciado por Giuliano Bertolucci, empresário que, segundo o São Paulo, foi o mentor do litígio de Oscar com o clube e teria influenciado o lateral Diogo a seguir o mesmo caminho. O atacante de 18 anos, porém, não quis o confronto.

Apesar das poucas chances no ano passado, ele esperou pacientemente. A recompensa demorou, mas chegou. Foi titular contra o Ituano no sábado - sendo elogiado por comissão técnica e companheiros - e anteontem, contra o Barueri, saiu do banco para anotar o primeiro gol como profissional, definindo os 3 a 1.

"Não escondi de ninguém que os garotos teriam um espaço grande no Paulistão, conversei com eles no ano passado. Falei isso para Oscar, Diogo, Henrique, Wellington, Sérgio Mota... Mas tive de mudar de planos logo de cara", disse o técnico Ricardo Gomes.

Diferentemente de Oscar e Diogo, o atacante, apesar de Bertolucci ter forçado uma situação de litígio, preferiu trabalhar, sem reclamar. "O Henrique, apesar da pouca idade, tem muita maturidade e está aproveitando sua chance. Esteve muito bem contra o Ituano, entrou agora. Ele entra, joga bem, faz o gol, ganhou o espaço dele. Teve paciência, jogou pouquíssimo no ano passado."

Ricardo Gomes, claro, aproveitou para cutucar os rebeldes. "Você não tem história de jogadores formados no São Paulo que tiveram oportunidade com 18 anos. A ideia era ter mais jogadores, mas infelizmente interferiram no trabalho", disse, sem citar nomes.

Mas nem precisava. Os dois teriam chance, garante o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha. "Eles, com certeza, estão vendo o Henrique jogar. Eles também iriam jogar. O Carleto, por exemplo, quis o que o Diogo não quis. Um cara que estava na Europa aceitou ser reserva."

O dirigente, mais uma vez, criticou o comportamento dos dois desertores. "As pessoas não mudam, elas se revelam. O Henrique está se revelando como um bom jogador, enquanto os dois se revelaram fujões", disparou. 

Ricardo Gomes põe fim ao rodízio

Ricardo Gomes aboliu do seu vocabulário o termo rodízio para a troca de jogadores no São Paulo. O treinador vê mudanças de um jogo para outro como simples opção por causa do forte elenco que tem nas mãos. Ele não revela se vai poupar alguém no clássico contra o Palmeiras devido à viagem para a Colômbia, na semana que vem, onde tem compromisso contra o Once Caldas, quinta, pela Libertadores. Na cabeça dele, o São Paulo tem muito mais que 11 titulares.

"Poupei o Hernanes e o Cléber Santana (entraram no segundo tempo contra o Barueri) e foi bom. A ideia era o Cicinho jogar somente um tempo, mas o deixei ficar um pouco mais. O Léo Lima foi poupado, o Júnior Cesar também. O Marcelinho e o Jorge Wagner tinham ficado fora contra o Ituano e tiveram uma boa recuperação. Agora tenho opções interessantes", disse o treinador.

A única certeza é que Richarlyson não enfrentará o Palmeiras. O volante recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Barueri. Hernanes e Cléber Santana devem começar jogando, com Cicinho voltando à lateral. Renato Silva ficaria no banco.

"Estou bastante satisfeito. A história da preparação terminou, está bem executada", disse Gomes. 




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