O prefeito de Diadema pelo PT, Mário Reali, deu prazo até o fim deste mês para acomodar o PSB no governo. Mas se manteve em cima do muro quando indagado sobre a secretaria que irá para as mãos do presidente municipal da sigla, Manoel José da Silva, o Adelson, crítico contumaz dos petistas que comandam a cidade há mais de duas décadas.

"Ainda não existe nada fechado", desconversou Reali, que se reuniu com Adelson na sexta-feira de Carnaval. Procurado por telefone por vários dias, o presidente do PSB não deu retorno à reportagem.

Apesar de negarem, petistas e socialistas sabem que o futuro, bem próximo, será o comando da Secretaria de Segurança Alimentar, atualmente dirigida por Pedro Soares, presidente do PSC e ex-partido do vice-prefeito Gilson Menezes (PSB).

Neste caso, o assistente social Pedro Soares assumirá a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, que ficou vaga com a saída da ex-secretária Cormarie Guimarães Peres para a Fundação Criança de São Bernardo.

Reali preferiu tirar o foco do fato. "Além de o secretário ter um perfil político, ele também tem de agregar à secretaria tecnicamente", avaliou o petista, ao deixar no ar se Adelson reuniria os dois ingredientes para compor o seu governo.

PT e PSB são aliados políticos no governo federal, realidade bem diferente em Diadema. "Temos de recompor um histórico PT e PSB na cidade", reagiu Reali - o chefe do Executivo já planeja o apoio para a reeleição em 2012.

Além do comando de uma secretaria, o PSB terá cargos na Prefeitura - comenta-se entre quatro e cinco. Em troca de apoio total e irrestrito ao ex-prefeito José de Filippi Júnior, pré-candidato a deputado federal.

A Prefeitura confirmou, por nota, que as "conversações" com o PSB prosseguem depois do Carnaval.