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Meta é construir 7
moradias por dia

Prefeituras pretendem entregar 10.829 imóveis em 4 anos; S.Bernardo tem projeção de 4.243 unidades para esta gestão

Por Cadu Proieti
Camila Galvez
24/02/2013 | 07:00
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A meta habitacional do Grande ABC para os próximos quatro anos é construir 10.829 moradias populares. Para tanto, será necessário erguer, em média, sete unidades habitacionais por dia até 2016. Das sete cidades da região, as únicas que não possuem projetos de construção de imóveis para famílias de baixa renda são São Caetano e Rio Grande da Serra.

A maior projeção é de São Bernardo, que prevê entregar 4.243 unidades habitacionais até 2016. Do total, 1.998 foram contratadas com verba da primeira fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e estão sendo construídas nos conjuntos Três Marias, Sítio Bom Jesus, Divinéia/Pantanal, Alvarenga Peixoto, Jardim Ipê, Parque São Bernardo, Alto da Bela Vista, Novo Parque, Jardim Lavínia e Jardim Colina.

O restante das habitações que estão sendo produzidas no município são financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida e PAC 2, além de contrapartida da Prefeitura. Essas 2.245 moradias beneficiarão os núcleos Capelinha/Cocaia, Silvina/ Audi, Saracatan/Colina e Vila Esperança. "É um número possível de alcançar. Entramos em 2009 com apenas 80 unidades em construção e conseguimos entregar 3.200 no fim do mandato. Entretanto, nos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, a contratação não é direta com a Prefeitura. Então, eventuais contratempos podem acontecer, mas estarão fora do nosso controle. Ainda assim, a meta é perfeitamente viável em quatro anos", disse a secretária de Habitação de São Bernardo, Tássia Regino.

Em Santo André, a Prefeitura garante que irá entregar 2.841 unidades habitacionais durante os quatro anos de governo do prefeito Carlos Grana (PT). As moradias foram contratadas em administrações anteriores. O Executivo informou que pretende buscar recursos para a construção de mais unidades com a intenção de zerar o deficit habitacional até 2016. O deficit atual, porém, não foi informado.

As moradias previstas estão sendo construídas nos conjuntos Londrina, Alemanha, Guaratinguetá, Olaria, Catiguá, Graciliano Ramos, Maravilhas, Alzira Franco II, Procópio Ferreira, Prestes Maia, Dom Henrique, Jardim Cristiane, Jardim Irene, Dom Jorge e Dom Pedro I.

A previsão da Prefeitura de Mauá é entregar 2.006 unidades nesta gestão. Por meio do PAC, serão 696 no Jardim Oratório e 470 no Cerqueira Leite. Pelo Minha Casa, Minha Vida, são 840 moradias, que atenderão entidades e famílias que vivem em áreas de risco.

Diadema possui 12 obras habitacionais em andamento, que resultam em 1.339 moradias previstas até 2016. Em Ribeirão Pires, 400 unidades habitacionais devem ser construídas no Jardim Serrano pelo Minha Casa, Minha Vida.

META ANTERIOR

Na gestão anterior nas sete cidades do Grande ABC, no período de 2009 a 2012, a promessa dos prefeitos era construir 10.493 unidades habitacionais, mas somente 43% desse total foi concluído até dezembro.

Foco dos prefeitos é o programa Minha Casa, Minha Vida

O programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida é o foco dos prefeitos da região para conseguir aumentar o número de moradias populares na região. Desde a campanha eleitoral do ano passado, os prefeituráveis prometem buscar ajuda da União para resolver os problemas habitacionais do Grande ABC. Até o momento, só Santo André conseguiu entregar unidades dentro do programa, embora com atraso.

Das sete cidades, cinco informaram que o Minha Casa, Minha Vida será prioridade durante os próximos quatro anos. Santo André prevê contratar 3.000 unidades pelo programa. São Bernardo busca 2.500 moradias. Mauá visa 1.310 unidades. O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), foi a Brasília, em janeiro, para dialogar com o Ministério das Cidades a fim de trazer o programa para o município. Ribeirão Pires possui 400 apartamentos contratados pela ação.

O que pode facilitar a contratação de mais unidades por meio do programa é o convênio firmado entre os governos federal e estadual que, por meio da Agência Casa Paulista, bancará até R$ 20 mil por unidade em empreendimentos a serem erguidos no Estado.

Intenção é aumentar número assinando outros projetos

Mesmo com a previsão inicial de construir, em média, sete moradias populares por dia até 2016, as Prefeituras ainda pretendem aumentar essa meta durante os quatro anos de gestão. Para isso, buscam recursos para contratação de outros projetos habitacionais. Caso sejam confirmados, mais moradias podem ser entregues até o fim dessa gestão.

Em Santo André, a intenção é contratar cerca de 3.000 unidades habitacionais no período. São Bernardo informou que, assim como na primeira, a segunda gestão do prefeito Luiz Marinho (PT) definiu a participação cidadã como método da administração. Portanto, a elaboração de projetos e captação de recursos em Habitação serão no âmbito do Orçamento Participativo. "Vamos trabalhar para contratar novos projetos, mas só podemos assumir esse compromisso na medida em que as coisas vão se materializando. A ideia é conseguir mais unidades", disse a secretária Tássia Regino.

Ribeirão Pires informou que, de acordo com o PLIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social), o município possui cerca de 400 mil metros quadrados de áreas com potencial para destinação a projetos de moradia social. Em Mauá, a intenção é contratar 1.886 unidades habitacionais nos próximos quatro anos.

A Prefeitura de São Caetano informou que a prioridade da gestão Paulo Pinheiro (PMDB) será a reurbanização dos cortiços. Além disso, haverá alterações no planejamento da ocupação urbana, de maneira a promover a expansão sustentável e racional.




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