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Damo dará até 10% de aumento
Por Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
26/05/2006 | 07:53
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Prefeitura e Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá, finalmente, entraram em acordo. Após meses de discussão e diversas propostas a respeito do reajuste salarial à categoria, o Executivo mandará  na próxima semana para a Câmara projeto de lei que concede o aumento ao funcionalismo, mas de forma escalonada, variando de de 1% a 10%, conforme a faixa do salário.

Não entra na proposta o abono de R$ 340 que o funcionalismo desejava incorporar aos vencimentos.

Curioso é que a iniciativa do prefeito Leonel Damo (PV) surge paralelamente ao projeto aprovado recentemente no Legislativo, de autoria do presidente e seu principal opositor, Diniz Lopes (PL). Na proposta, o parlamentar autoriza o Executivo a reajustar os salários dos servidores em até 20%, sendo, no mínimo, 10% retroativo a 1º de março. Só que a matéria é inconstitucional, já que não cabe a um vereador apresentar projetos que mexam com o bolso da administração. Ou seja, tratou-se de um jogo de cena perante a categoria.

Independentemente da briga política que divide Executivo e Legislativo na cidade, até que Damo vete a proposta de Diniz, Mauá contará com dois projetos voltados ao mesmo objetivo.

A falta de sintonia entre os dois poderes, porém, não incomoda o presidente do Sindicato dos Servidores, Jesomar Alves Lobo, que explicou o porquê de a classe apoiar a iniciativa do prefeito: “Não somos contra a proposta do Diniz. Só que temos que abraçar o projeto de quem tem autoridade para fazê-lo. Quem tem competência para dar reajuste aos servidores é o prefeito.”

Questionado sobre as diferenças entre as propostas, Leonel Damo foi taxativo: “Não sei, porque não li o projeto dele (Diniz). Mas deve ser parecido”.

Procurado para comentar a situação, Diniz não retornou as ligações ao Diário até o fechamento desta edição.

Abono – Além de autorizar um reajuste de até 20% – 10% a mais do que será dado à categoria pela administração –, a diferença básica no projeto do presidente da Câmara está na incorporação do abono de R$ 340. A proposta dele concede, a partir de 1º de janeiro de 2007, 50% deste valor aos vencimentos dos servidores.

Já a Prefeitura apresentou uma contraproposta: mantém o abono atual até dezembro. A partir de 2007, o sindicato promete entrar de vez na briga pela incorporação. “De qualquer forma, ele (bônus) não vai ser retirado do trabalhador. Temos uma ata assinada pelo secretário municipal da Administração, Antonio Bertucci, afirmando essas condições”, garantiu Lobo.



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