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O mercado de construção e reforma

Cerca de 21 milhões de famílias reformaram ou construíram no último ano e 24 milhões têm intenção de fazê-lo nos próximos 12 meses.

Cláudio Conz
26/04/2012 | 00:00
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Mês passado, nós, da Anamaco, promovemos dentro da Feicon Batimat, maior feira do setor na América Latina, o nosso já tradicional seminário brasileiro de material de construção. Como principal atração, convidamos Renato Meirelles, diretor do Instituto Data Popular, que apresentou dados inéditos sobre o mercado de construção e reforma. De acordo com os últimos estudos promovidos pelo instituto, a nova classe média representa mais da metade dos brasileiros que pretendem reformar nos próximos 12 meses. Ao mesmo tempo, 21 milhões de famílias reformaram ou construíram no último ano e 24 milhões têm intenção de fazê-lo nos próximos 12 meses.

A estrutura de classes da sociedade brasileira, que até alguns anos atrás era piramidal, com a ascensão da classe C, passou a ser losangular. Temos no topo pequena parte formada pelas classes A e B, grande massa no meio da classe C e, abaixo, outra pequena massa formada pelas classes D e E. A maioria dos brasileiros, independentemente da classe social, reside em casas. Na alta renda, os apartamentos são a residência de 33,4% das pessoas. São minoria os brasileiros que moram em cômodos. Mesmo na baixa renda, este número é menor que 0,5%. Os novos núcleos familiares da classe C, que é predominantemente jovem, são muitas vezes formados em extensões de imóveis já existentes. É o chamado puxadinho.

O consumidor da classe C possui alguns posicionamentos que se assemelham aos das classes A e B, ao mesmo tempo em que possuem características semelhantes à classe D. É importante lembrar que a nova classe média veio da D, que ascendeu à C. Ele pensa em alguns casos como baixa renda, mas, com dinheiro no bolso, compra produtos que antes apenas a classe A adquiria. Renato Meirelles apresentou vídeo em que um consumidor da classe C comprava perfumes importados caros, que antigamente apenas a classe A consumia. Com o acesso ao crédito, isso se tornou realidade para a nova classe média.

Outro vídeo interessante produzido pelo Data Popular mostrou consumidoras da classe A dando suas opiniões sobre como a classe C consome. Frases do tipo "acho que ela não tem muita vaidade, pois produtos de beleza são caros e inacessíveis e elas não podem comprar" contrastavam com reais depoimentos de consumidoras da classe C, afirmando "quando gosto, compro mesmo, não importa o preço". Isso mostra que as classes A e B não fazem ideia de como a C consome.

Para ampliar os negócios, nada melhor que conhecer seu consumidor. E o potencial de consumo da nova classe média é enorme.




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