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S.Paulo fica livre de algozes argentinos na luta pelo tetra
Por Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
07/08/2006 | 07:57
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Pela segunda vez consecutiva, o São Paulo decide a Copa Libertadores da América contra outra equipe brasileira, o Internacional-RS, depois de ganhar em 2005 do Atlético-PR. E também pela segunda edição seguida, o atual campeão continental está livre de seus maiores algozes numa final. Nas duas oportunidades perdidas de conseguir o título, em 1974 e em 1994, o São Paulo caiu diante de times argentinos, o Independiente (maior vencedor da Libertadores, com sete títulos) e o Velez Sarsfield, respectivamente. Tem a favor um título contra os argentinos, o de 1992, o primeiro de sua história, contra o Newell‘s Old Boys. A outra conquista foi contra um chileno, a Universidad Católica.

Dos títulos perdidos, e que se fossem obtidos, tornariam o São Paulo pentacampeão, assim como Peñarol e Boca Juniors, o mais dolorido foi o de 1994. A derrota ocorreu nos pênaltis, para o Velez, diante de um Morumbi lotado. Se bem que, dois anos antes, no mesmo cenário, também nos pênaltis o São Paulo fora campeão contra outro argentino, o Newell’s.

Em 1974, os tempos eram outros para os brasileiros quanto se tratava dos confrontos sul-americanos. O interesse nacional era muito menor, só o Santos contava com títulos (os de 1962 e 1963), e os argentinos mantinham controle absoluto. Tanto que do segundo título do Santos, o de 1963, até o do Cruzeiro, em 1976, os argentinos foram campeões dez vezes (incluídos um tricampeonato do Estudiantes, de La Plata, eliminado pelo São Paulo nas quartas-de-final da atual Libertadores, e um tetracampeonato recorde do Independiente) e os uruguaios, apenas duas, com o Peñarol (1966) e o Nacional (1971).

Bicampeonatos – A dois jogos da conquista de seu segundo bicampeonato, o São Paulo não será alcançado tão facilmente por outra equipe brasileira. E a continuar no ritmo de 2005, quando também conseguiu um Campeonato Paulista e o terceiro Mundial Interclubes, pode igualar-se ao Independiente em menos de uma década.

Qualquer que seja o vencedor da Libertadores de 2005, o Brasil já tem um representante no Mundial do Japão. Se for o São Paulo, o futebol nacional pode ter um tetracampeão, situação inédita. O Internacional busca o primeiro título continental e, quem sabe, mundial. Um dos dois terá, possivelmente, a oportunidade de enfrentar o Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho. Os campeões sul-americano e europeu deverão entrar na semifinal, como ocorreu na última temporada.




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