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Brasil e Alemanha fazem 'tira-teima histórico' na final
Por Do Diário OnLine
29/06/2002 | 15:43
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Ronaldão, Romário e Dunga celebram o tetra brasileiro. Foto: AFP Lothar Matthäeus (esquerda) e Pierre Littbarski (direita) comemoram o tri alemão. Foto: AFP A final da primeira Copa do Mundo do novo século marca o duelo entre as duas seleções mais vencedoras e eficientes da história da competição no século passado. Na decisão do 17º Mundial, neste domingo, às 8h (horário de Brasília), em Yokohama (Japão), estarão em campo sete títulos (quatro do Brasil, em 58, 62, 70 e 94, e três da Alemanha, em 54, 74 e 90) e cinco vice-campeonatos (dois do Brasil, em 50 e 98, e três da Alemanha, em 66, 82 e 86). Brasil ou Alemanha só não estiveram nas finais das Copas de 1930, 34, 38 e 78.

Curiosamente, Brasil e Alemanha jamais se enfrentaram antes em uma Copa do Mundo. Houve um ensaio, na Copa de 1974. A Seleção cruzou com a Alemanha Oriental na primeira rodada da segunda fase e venceu por 1 a 0, gol de falta de Roberto Rivellino.

Na contagem geral, foram 18 confrontos: 11 vitórias brasileiras, três êxitos alemães e quatro empates. O encontro mais recente foi em 1999, pela Copa das Confederações: Brasil 4 a 0 Alemanha (24 de julho).

Na história do futebol, desde a primeira Copa (1930), os brasileiros consolidaram uma tradição de futebol com arte e ofensividade, o 'jogo bonito' que deixou lendas como Garrincha, Pelé, Tostão e Romário. Por sua vez, a Alemanha influenciou a outra metade do mundo com um futebol marcado pela obediência tática, a perfeita preparação física e a total concentração para vencer. Fritz Walter, Franz Beckenbauer, Gerd Müller e Paul Breitner foram alguns dos nomes germânicos gravados na história do futebol.

Brasil e Alemanha lideram o ranking de participações em Copas do Mundo. O Brasil esteve presente em simplesmente todas as 17 edições realizadas até hoje. A Alemanha, empatada com a Itália, soma 15 participações. O maior goleador em todos os tempos é um alemão: Gerd 'der bomber' Müller, com 14 gols em duas Copas (70 e 74). O brasileiro Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, é o terceiro colocado, com 12 gols em quatro Copas (58, 62, 66 e 70).

França e Argentina, favoritas da véspera, ficaram pelo caminho (ambas na primeira fase). Desacreditas até o começo da Copa, Brasil e Alemanha foram confirmando suas supremacias em 2002 até atingirem a final.

O técnico da Alemanha, Rudi Vöeller, faz questão de afirmar que o Brasil é favorito para conquistar o título neste domingo. Talvez esperançoso de que a Alemanha repita as façanhas de 1954, quando o time de Fritz Walter derrubou a fantástica Hungria de Puskas, e 74, quando Franz Beckenbauer e companhia superaram a frenética Holanda de Johan Cruyiff.

O Brasil, por sua vez, conta hoje com o melhor ataque da Copa do Mundo (16 gols em seis jogos), o artilheiro (Ronaldo, com seis gols) e o vice (Rivaldo, com cinco, ao lado do alemão Miroslav Klose). Além do retrospecto ofensivo, o Brasil conta com a ajuda da 'mística' de outras conquistas como um prenúncio do que pode ocorrer em 2002.

O Brasil superou a Inglaterra neste Mundial, assim como ocorreu nas Copas de 1962 e 1970 (em 1958, as duas seleções empataram). Ainda em 2002, o Brasil enfrentou na semifinal um mesmo adversário que já havia encarado na primeira fase (Turquia), assim como ocorreu na campanha do tetra, em 1994 (Suécia, na ocasião).

O tira-teima que vai consagrar o primeiro pentacampeão, ou o segundo tetra, ocorre neste domingo.




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