Os sítios libaneses inscritos no Patrimônio Mundial não sofreram "nenhum dano visível" durante o conflito armado entre o Hezbollah e Israel, mas uma avaliação completa precisa ser feita para determinar se suas estruturas foram debilitadas, anunciou a Unesco nesta quarta-feira.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) afirmou ainda, em um comunicado, que fornecerá ajuda para a restauração de escolas e apoio psicológico para crianças e jovens traumatizados com os 34 dias de combates, ao fim de uma missão de especialistas no Líbano.

Estes especialistas se reuniram com o premier libanês, Fuad Siniora, o ministro da Cultura, Tarek Mitri, e o ministro da Educação, Khaled Kabbani.

"Deve ser feito um estudo para verificar se os antigos vestígios de Baalbeck (leste) foram debilitados estruturalmente pelos impactos das bombas que explodiram nas proximidades", disse Abdel Moneim Osman, diretor do escritório da organização em Beirute, citado em um comunicado.

A antiga cidade de Baalbeck é composta de ruínas greco-romanas.

Segundo a fonte, "o impacto da maré negra provocada no velho porto de Biblos" pelo bombardeio israelense de uma central elétrica "também deve ser avaliado em setembro".

O governo libanês pediu ajuda à Unesco para reparar os danos ao povoado fortificado de Chamaa (sul) e ao centro histórico de Baalbeck, praça forte do Hezbollah, cujo "mercado e casas tradicionais do período otomano foram seriamente danificados" nos ataques israelenses.

A Unesco ajudará, por outro lado, "no reparo e equipamento de 18 escolas profissionais e técnicas que foram utilizadas para atender pessoas desabrigadas", para que possam estar funcionais na volta às aulas, em 9 de outubro.