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Nove cabritos transgênicos nascem no Ceará
21/07/2006 | 00:08
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Nove cabritos nascidos na Uece (Universidade Estadual do Ceará) podem ser o bilhete de entrada da biotecnologia brasileira para o campo dos animais transgênicos “biorreatores” – capazes de produzir moléculas terapêuticas para uso humano. A expectativa, caso o experimento dê certo, é que as cabras geneticamente modificadas produzam em seu leite cópias de uma proteína humana usada por pacientes com sistema imunológico debilitado.

Os pesquisadores ainda não sabem se algum dos animais é, de fato, transgênico. Mas a expectativa é grande. Ainda no estágio embrionário, logo após a fertilização, cada cabrito recebeu uma injeção de DNA contendo o gene humano da proteína G-CSF (fator de estimulação de colônias de granulócitos), usada para estimular a produção de glóbulos brancos e recrutar células-tronco da medula óssea.  

Agora que os animais nasceram, a torcida dos cientistas é para que o gene tenha sido incorporado com sucesso pelos embriões, o que significa que as cabras passarão a produzir a proteína humana no leite. A molécula poderia, então, ser purificada e usada na produção da droga, que hoje precisa ser importada. “Estamos só esperando que todos os animais nasçam para fazer o teste de DNA e ver se algum deles é transgênico”, disse o pesquisador Vicente Freitas, que coordena o projeto na Uece.



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