Ex-prefeito de Ribeirão Pires e ex-prefeiturável de Mauá, Clóvis Volpi (sem partido) estruturava seu futuro político para retornar à disputa pela Prefeitura ribeirão-pirense. Reativou seu domicílio eleitoral e já organizava o grupo de olho em tirar Adler Kiko Teixeira (PSB) do poder. Mas a indefinição de Mauá pode fazer o veterano político mudar de plano. “Há espaço (para disputa em Mauá).”

Nos últimos meses, Volpi articulou com nomes de Ribeirão para estar apto ao pleito. Tratou pessoalmente com os vereadores que analisariam suas contas – rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado – e reverteu a punição, escapando da Lei da Ficha Limpa.

Entretanto, neste período, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), voltou a ser preso (no dia 13 de dezembro, no âmbito da Operação Trato Feito). Mais do que isso. A PF (Polícia Federal) indiciou 21 dos 23 vereadores mauaenses, acusando-os de receber Mensalinho pagos por Atila com dinheiro superfaturado de empresas. Ou seja, raros não foram alvejados politicamente em Mauá.

Volpi concorreu ao Paço de Mauá em 2016 pelo PSDB. Terminou na terceira colocação, com 37 mil votos, e, no segundo turno, decidiu apoiar o então prefeito Donisete Braga (ex-PT, atual Pros), que rivalizou com Atila a etapa final daquele pleito – foi até expulso do tucanato por essa atitude.

“Eu mesmo não apoiei Atila para prefeito. Decidi apoiar Donisete. Mas a verdade é que a situação de Mauá está bem complicada. Acho que a Alaíde (Damo, MDB, prefeita em exercício) tem que continuar no comando”, disse.

Caso queira concorrer à Prefeitura de Mauá, Volpi tem até abril para mudar seu domicílio eleitoral (hoje em Ribeirão Pires). Mesmo que não afastando a possibilidade de participar do pleito em uma das duas cidades, Volpi declarou estudar bem a situação. “Tudo o que eu menos quero é aventura.”