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Moscou é a cidade mais cara do mundo para estrangeiros, diz estudo
Por Da AFP
26/06/2006 | 13:35
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Com um setor imobiliário enlouquecido e o rublo estável graças às vendas de petróleo e gás, Moscou deixou de ser o paraíso dos estrangeiros que desejam poupar e se tornou a cidade mais cara do mundo. Assim afirma o relatório anual da Mercer HR, segundo o qual a capital russa supera Seul e Tóquio, bem como Paris e Londres.

Os estrangeiros que vivem em Moscou receberam com ceticismo o resultado do estudo, pois apesar de ter sido registrado um aumento no preço dos apartamentos e nas contas dos restaurantes, os alimentos e serviços continuam accessíveis, assim como o serviço de ajuda doméstica.

"Tenho uma empregada excelente, que fica o dia inteiro por 600 euros por mês, e um motorista com carro próprio por 700 euros", comenta a mulher de um executivo britânico. "Tente encontrar esse preço em Londres", compara.

O estudo aponta que o custo global de vida aumentou muito nos últimos 12 meses na capital russa. O principal motivo é o aumento dos preços no setor imobiliário. Há mais de três anos, o preço do metro quadrado sobe 1% por semana devido ao abismo entre a oferta e a procura, que alimenta a especulação.

Os mais interessados em comprar uma residência em Moscou são os executivos ocidentais e os russos de outras províncias. Já os corretores preferem investir em escritórios ou centros comerciais, bem mais rentáveis.

As escolas de Moscou são caríssimas, não apenas as francesas ou anglo-saxônicas, mas também as russas. Isso se deve ao fato de as autoridades moscovitas terem retomado a tradição de impor preços especiais aos estrangeiros.

Itens de antiquários, roupas de grife e objetos de luxo, muito apreciados pelos estrangeiros, são mais caros do que no Ocidente, pelo simples motivo de que os novos ricos russos gostam de gastar. Depois de Nova York, Moscou é a segunda cidade do mundo em número de multimilionários, com a impressionante cifra de 60 mil afortunados.

"Vi um cabide bonito de madeira e uma luminária art déco num antiquário, mas quando olhei os preços, fui embora correndo, porque me custariam três vezes menos na Holanda", comentou um banqueiro holandês, acrescentando que, três dias depois, os objetos já haviam sido vendidos.



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